Bolsonarista de carteirinha e um crítico ferrenho do Supremo Tribunal Federal, o deputado estadual Delegado Claudinei (PL) agora se vê nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral. O parlamentar tenta ganhar no “tapetão” a vaga do deputado eleito Juca do Guaraná Filho (MDB), legitimamente eleito no último dia 2 de outubro.
Ocorre que Claudinei e o PL ingressaram com petição no TSE para validar os votos recebidos pelo ex-prefeito Gilberto Mello (PL), que concorreu sub judice, mas recebeu 7.260 votos, considerados nulos. Caso os votos sejam validados, ele seria empossado na vaga de Juca do Guaraná.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) acatou uma impgunação contra Gilberto Mello em razão das contas reprovadas da gestão de 2018 em Chapada, que foram reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mello foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Vale lembrar que Mello pediu desistência do recurso no TSE, porém, a ação está em julgamento na Justiça Eleitoral, que tem como presidente Alexandre Moraes, que é alvo de constante crítica por parte do deputado.
No afã de agradar o presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Claudinei se tornou um dos principais críticos do STF, como no caso onde apurou a atuação do governo federal no combate à covid-19.
À época, Claudinei expressou que gostaria de perguntar ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM), quais os motivos de não investigar os dez pedidos de impeachment contra os ministros do STF. “Isso parece piada no Brasil, mas é a verdade, isso acontece. Por que não observam o artigo de n.° 52 e inciso 2° da Constituição Federal que cabe ao Senado Federal investigar as condutas dos ministros do STF. Sabe por quê? A sociedade quer saber e tem dúvidas nas decisões absurdas ou estranhas que acontecem e ficam sem entender. É preciso que estes pedidos sejam apurados, e se agiram de acordo com a lei ou não. Se teve benefício ou não. Se os ministros foram colocados lá dentro pelo partido do ex-presidente Lula, se agiram de forma imparcial”, salientou, expondo sua contrariedade com o STF.
Com Moares à frente do Tribunal Superior Eleitoral, o Delegado Claudinei se vê na dependência do julgamento da Justiça Eleitoral para conseguir a reeleição, mesmo que por meios legais, mais pelo menos imoral, já que a vontade popular estará sendo deixada de lado, afinal, Juca foi vencedor nas urnas, e uma “virada de mesa” com certeza não seria aceita pelos eleitores.
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