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POLÍTICA & PODER Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2017, 07:23 - A | A

Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2017, 07h:23 - A | A

"PELOS VALORES ÉTICOS, MORAIS E CRISTÃOS"

Galli quer fim de banheiro unissex; Pastor diz que não há como dissociar sexo e gênero

Gustavo Castro, da Redação

 

Conhecido por suas opiniões contundentes e pelos diversos projetos polêmicos, o deputado federal Victório Galli (PSC-MT) vem se destacando por seu posicionamento contra ideologia de gênero nos meios de comunicação.

 

Recentemente, a notícia de que uma mulher trans abusou sexualmente de uma criança em um banheiro unissex, fez com que o deputado criasse um novo projeto de lei, criminalizando o ‘uso de banheiro por pessoas não identificadas com o sexo permitido naquele banheiro’.  Em outras palavras, Galli pretende criminalizar o uso de banheiro unissex.

 

Como justificativa, o deputado diz que “as pessoas que se utilizam dos banheiros públicos instalados em escolas, shoppings, estádios de futebol, cinemas, restaurantes, órgãos da administração direta e indireta dos poderes executivo, legislativo e judiciário e em outros diversos locais públicos, tem vivido um terror sem saber o que é certo ou errado, por uso indiscriminado por pessoas de sexo oposto ao que sinaliza a placa de entrada desses banheiros.”. Para finalizar, ele defende que “precisamos normatizar essa matéria, com a única e exclusiva intenção de prevalecer o bom censo, por uma sociedade que clama pelos valores éticos e morais.”.

O projeto ainda segue em andamento na Câmara e aguarda parecer do relator na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER).

pastor

 

 

O pastor da Igreja Batista da Paz, Isaias Silva, diz que a ‘ideologia de gênero é mais uma, entre tantas investidas contra o padrão familiar estabelecido por Deus’. E continua: “não se pode negar a influência social sobre o indivíduo, mas daí afirmar que a determinação genérica fica a cargo de tal influência é um despautério. Não há como dissociar sexo e gênero”, conclui.

 

BANHEIROS UNISSEX 

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) instalou, em agosto deste ano, um banheiro unissex no primeiro andar de um dos seus prédios em Perdizes.De acordo com a instituição, a medida foi uma forma de atender a "diversidade de sua comunidade acadêmica".

"A PUC-SP, atenta à diversidade de sua comunidade universitária, composta por alunos, professores e funcionários, buscou contemplar a todos com a implementação do banheiro unissex. A Instituição ressalta que estes sanitários são de uso comum, não direcionados a públicos específicos", disse a universidade em nota.

 

Nas redes sociais, a medida adotada pela universidade particular não teve consenso e dividiu a opinião de muitos internautas.

 

“Banheiro unissex na PUC. Eu tô tão feliz, vou usar todos”, disse um internauta no Twitter.

“Um absurdo da PUC de criar um banheiro unissex”, reclama outro.

 

RISCOS

A adoção de banheiros mistos - ou a permissão de que pessoas transgêneras usem o banheiro que preferirem - tem sido objeto de controvérsia em instituições de ensino.

Para a médica americana Elizabeth Lee Vliet, que estuda os efeitos das mudanças hormonais em mulheres, os banheiros e vestiários “neutros” – que podem ser frequentados indistintamente – representam um grande perigo, já que não apenas transgêneros acabam fazendo uso: são frequentes os casos de homens mal intencionados que entram em ambientes antes exclusivamente femininos, em episódios de atentado ao pudor, assédio sexual, pedofilia e estupro. “É a tirania da minoria”, afirma Vliet. 

 

Já alguns especialistas da área da saúde também defendem que a divisão dos banheiros segue não uma razão de identificação de gênero, mas sim a mera diferenciação biológica. 

“As pessoas que se identificam como ‘se sentissem parte do sexo oposto’ ou ‘entre um e outro’ não compõem um terceiro sexo. Eles permanecem como homens biológicos ou mulheres biológicas”, diz o manifesto da American CollegeofPediatricians, associação formada por pediatras americanos.

 

A reportagem do Jornal Notícia Max entrou em contato com o deputado Victório Galli a fim de saber mais sobre a proposta do Projeto de Lei, mas até a publicação desta matéria não obtivemos resposta. No entanto, o espaço continua aberto para Galli se manifestar.

 

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