Mato Grosso começará o próximo ano de 2019 com mais de R$ 1,5 bilhão em falta no caixa para pagar despesas básicas, com custeio da máquina, folha de pagamento de servidores ativos e inativos, dívida pública e repasses aos demais poderes. Esse cenário foi apresentado pelo governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) em renião com 17 dos 24 parlamentares na manhã de hoje, na Assembleia Legislativa. Mendes apresentou um relatório do cenário financeiro do Estado que revelou um déficit de R$ 1,8 bilhão no orçamento do Estado, referente a 2018, e disse que quer aprovar um orçamento realista, com previsão de equilíbrio entre receitas e despesas.
Mendes pediu diálogo e cooperação das partes. “Viemos aqui (na ALMT) dialogar com os deputados, mostrar aquilo que estamos planejando para 2019, para que possamos ajudar Mato Grosso a sair dessa profunda e gravíssima crise financeira. O Estado que deve pra Deus e todo mundo, não consegue honrar seus compromissos. Na Saúde, existe um caos. Os hospitais fechando, salários atrasados, praticamente todos fornecedores sem receber, o Estado deve R$ 160 milhões para os municípios nesta área. Uma duríssima realidade financeira”, afirmou.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), avaliou o encontro como positivo. “Foi uma reunião em que se falou da situação do ano que vem. Vamos começar 2019 com déficit, e com todas as dificuldades teremos no próximo ano vai precisar que a AL faça mudanças. Vamos trabalhar para aprovar as leis que sejam necessárias, iniciando por fazer um orçamento realista, que demonstre claramente que tem mais de um milhão e meio de déficit”. Ele (Mendes) demonstrou os déficits, mais de um milhão e meio, e isso, só nas contas obrigatórias. Vamos ter que adotar medidas duras, cortar gastos e aumentar a arrecadação”, disse, assegurando que os deputados estarão presentes a partir de janeiro para aprovar projetos necessários ao equilíbrio do Estado.
Dentre as medidas que estão sendo analisadas está o possível corte de 24 para 15 secretarias e a redução de 20 empresas públicas. Segundo o futuro governador, “medidas necessárias para equilibrar as finanças e o Estado voltar a ter condições de investimentos”. Além disso, a equipe técnica trabalha para que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) seja planejada com cautela, respeitando o fluxo de receitas e despesas. O futuro governador, falou de controle de gastos, mas assegurou que haverá esforço do governo em cumprir compromissos como folha de pagamento, RGA e outros, previstos em lei.
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