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POLÍTICA & PODER Quarta-feira, 08 de Novembro de 2017, 14:31 - A | A

Quarta-feira, 08 de Novembro de 2017, 14h:31 - A | A

POR "GENERALIZAÇÃO"

Pedido de afastamento de Mauro Zaque é negado

Redação

Divulgação/RepórterMT

procurador do Ministério Público do Estado (MPE), Paulo Prado

Procurador do Ministério Público do Estado (MPE), Paulo Prado, junto com os procuradores membros do Conselho Superior do Ministério Público, negaram o pedido de afastamento do promotor Mauro Zaque

O pedido de afastamento contra o promotor Mauro Zaque, solicitado pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques, foi negado na manhã desta quarta-feira (8) pelo procurador do Ministério Público do Estado (MPE), Paulo Prado. O pedido foi negado por unanimidade pelos procuradores do Conselho Superior do Ministério Público, em sessão.

 

Mauro Zaque, ex-secretário de Estado de Segurança Pública, foi quem iniciou, a partir de uma denúncia anônima, a investigar os grampos ilegais supostamente realizados no Estado. Através das apurações, junto com o desembargador Orlando Perri, desencadeou várias prisões, como a do secretário de Segurança Pública Rogers Jarbas, o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso, Coronel Airton Siqueira; o coronel PM Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar, que já cumpria prisão domiciliar, e o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques.

 

O procurador do MPE rebateu a alegação de Taques no pedido para o afastamento de Mauro Zaque, que, segundo o governador, o promotor era suspeito de investigar o caso por “animosidade” e pela sua postura acusatória, adota desde o inicio das investigações do caso de grampos, contra sua gestão.

 

Mas, para Prado, e também para os procuradores membros do Conselho Superior do Ministério Público, o pedido não poderia ter sido feito de forma generalizada, e ainda que o governador seguiu uma linha errada no pedido, ao incluir todo seu secretariado sem ao menos ter fatos concretos.

 

Entenda os grampos Ilegais

 

O esquema de grampos ilegais foi deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) em maio deste ano, pelo promotor de Justiça Mauro Zaque , ex-secretário de Estado de Segurança Pública.

promotor de Justiça Mauro Zaque

Promotor de Justiça Mauro Zaque (Reprodução)

Segundo Zaque, ele teria recebido uma denúncia anônima, com documentos, que provavam a prática ilegal. A denúncia foi levada ao conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB) em setembro de 2015.

 

Os grampos foram conhecidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.

 

As vítimas dos grampos foram a deputada Janaina Riva (PMDB); o advogado José do Patrocínio; o desembargador aposentado José Ferreira Leite; os médicos Sergio Dezanetti, Luciano Florisbelo da Silva, Paullineli Fraga Martins, Helio Ferreira de Lima Junior e Hugo Miguel Viegas Coelho.

 

Junto com o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, foram decretas as prisões preventivas de oito pessoas. Entre elas, estão: os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Taques, de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Junior,de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, da Casa Militar, Evandro Lesco, o sargento João Ricardo Soler, o major Michel Ferronato, a personal trainer Helen Christy Lesco, coronel Zaque e o cabo Gerson.

 

Porém, sete dos envolvidos e presos já respondem em liberdade, sendo que, o coronel Zaqueu e o cabo Gerson continuam presos.

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