Os servidores da educação do Estado decidiram manter a greve que ultrapassa os 40 dias. Grevistas não aceitam a proposta feita pelo governo. O Sintep (Sindicato dos Servidores do Ensino Público) exige a realização de concurso público, suspensão da implantação das Parcerias Públicos Privadas (PPP), além de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
O governador Pedro Taques esclarece que reconhece as três pautas reivindicadas, frisando que quanto a RGA já foi apresentado o projeto na Assembleia, que foi aprovado, parcelando a RGA. A segunda que se trata da PPP, Taques diz que o Sintep entende de forma equivocada que a PPP seria a privatização das escolas.
“Quero dizer que sou contrário à privatização das escolas públicas, sou contrário a estudante pagar mensalidade em escola pública, aliás, eu só estudei em escolas públicas. Nós não podemos cobrar, e eu sou contrário a isso, mensalidade em escola pública. Agora, parte do Sintep esparramou pelo Estado que cobraríamos nas escolas públicas, e isso nada tem a ver com PPP, privatização nada tem a ver com PPP”, disse o governador.
Taques mais uma vez acusou parte do Sintep, que por questões ideológicas, por serem ligadas ao Partido dos Trabalhadores, de dizer que PPP seria privatização, lembrando que o secretário de Educação, Marco Marrafon, já conversou com membros do Sindicato, já explicou aos alunos, ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar que a gestão pedagógica das escolas será feita pelos professores e diretores.
“Afinal, o diretor tem mais o que fazer do que ficar preocupando com goteira em escola, com descarga da escola. O diretor tem que tratar do pedagógico, da qualidade do ensino junto com o professor. Trazer os pais para dentro da escola, conversar, sabe por que o aluno está com dificuldades, e não mexer com descarga”.
O governador negou que vá impor as PPPs, frisando que quer debater com a sociedade. “Em todas as escolas não, mas em algumas em que o Estado aluga os prédios, a empresa constrói o prédio, coloca vigilância, a escola terá uma qualidade acima das que temos aqui. O prédio, a estrutura física, internet, novas cadeiras, a iniciativa privada faz isso. O Estado paga e depois de um certo período esse prédio é do Estado”.
As empresas, reconhece Taques, terão lucros, como é natural, na construção do prédio. “Vivemos no Brasil, não vivemos em Cuba, na Venezuela. As empresas têm lucro e o Estado paga. Mas é bem mais barato do que o Estado construir uma escola, afinal, uma escola com 18 salas custa de R$ 4,5 milhões a R$ 6 milhões, e precisamos construir 40 novas escolas, e o Estado não tem dinheiro, a iniciativa privada faz, o Estado paga um preço bem menor e é muito mais rápido”.
Quanto ao concurso público, outra reivindicação do Sintep, o governador Pedro Taques afirma que o Estado tem hoje 22 mil professores, sendo que 60% são profissionais contratados, sendo o maior índice de professores contratados do Brasil, mas ressalta que eles não foram contratados na atual administração, “aliás, a administração do PT que dirigiu a Secretaria de Educação durante oito anos e não fizeram concurso, e agora nossa administração com um ano e seis meses vai ter que fazer concurso se não vão continuar a greve?”
Taques frisa que o secretário Marco Marrafon já apresentou um cronograma de concurso, obedecendo a Lei de Responsabilidade Fiscal para que o concurso seja realizado. “Defendo a realização do concurso, precisamos de professores com estabilidade. Professores contratados é possível que tenhamos, mas não nesse número de 60%”.
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