Mato Grosso elevou em 12% o volume de bovinos confinados em comparação a 2016. A recuperação do preço da arroba durante o período de confinamento e o baixo custo com a alimentação proporcionaram a destinação de 694,15 mil animais para o confinamento. Em 2016 haviam sido terminados no cocho 615,89 mil animais.
Os números são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O 3º Levantamento das Intenções de Confinamento em 2017 revela ainda que as 694,15 mil cabeças terminadas no cocho superam ainda o volume de 2014, quando 636,66 mil animais foram confinados, e 2015 com suas 669,89 mil cabeças.
Apesar do bom resultado perante os últimos três anos, ao se comparar com o primeiro levantamento de intenção de confinamento de 2017 verifica-se uma queda ante os 701,85 mil animais previstos para engorda no cocho. O primeiro levantamento foi divulgado em abril e no segundo levantamento, apresentado em julho, via-se uma queda para 645,72 mil animais diante as oscilações nos preços.
Na avaliação do diretor-executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, os pecuaristas estão mais cautelosos e analisando melhor as condições de mercado antes de tomar qualquer decisão.
"O pecuarista está mais maduro, preparado e tecnicamente instruído. As análises de mercado guiaram o setor e somente após demonstrar uma ligeira recuperação, os confinadores retomaram os investimentos", diz Vacari.
A arroba do boi gordo em Mato Grosso apresentou significativa variação de R$ 135 para R$ 110 diante situações envolvendo a Operação Carne Fraca, com o fechamento de portos para a proteína animal brasileira, e escândalos políticos envolvendo os donos da JBS.
De acordo com Vacari, ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Governo de Mato Grosso, como a adesão do estado ao Sistema Integrado (SISBI) e redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para abate em outros estados, auxiliaram para que houvesse uma reação de preços na atividade.
Mesmo o preço da arroba tendo reação com tais ações, o relatório do Imea aponta que o principal fator a influenciar no incremento do volume de animais confinados foi o baixo custo com a alimentação. "Este aumento foi causado, principalmente, por um menor custo com alimentação. Ainda assim, o produtor que precisou negociar durante o segundo quadrimestre deste ano se viu à frente de uma receita abaixo do esperado, em comparação com quem negociou no final do ano", diz o Imea.
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