Os preços do milho no mercado internacional estão se consolidando, mesmo na safra, de acordo com o que nos informa a TF Agroecnômica. “Dizer que o mercado está se consolidando pode ser um eufemismo. No entanto, esse tipo de negociação não é incomum durante a colheita, pois a construção da base de preços é um padrão típico. O que é interessante este ano é que a construção da base está ocorrendo a preços historicamente altos, refletindo o estoque apertado e a falta de vendas fortes de agricultores tanto nos EUA, quanto no Brasil”, comenta.

“Na próxima semana, o USDA divulgará o relatório WASDE. Um resumo pré-relatório dos números (média das estimativas dos analistas) do Wall Street Journal indica que pouca mudança é esperada com rendimento previsto em 11.560,46 kg/hectare. Também está previsto um ligeiro aumento para o estoque final estimado em 30,78 milhões de toneladas, 1,27 MT acima do mês passado. As preocupações de que o mercado de exportação esteja começando tão devagar podem levar a reduções adicionais”, completa.

No Brasil os preços subiram 0,22% na semana, mas ainda estão 0,47% abaixo, no mês. “As sucessivas quedas do dólar, que recuou 1,24% no dia, 4,49% na semana, 2,0% no mês e 9,21% no ano até agora não tem ajudado muito a formar bons preços de exportação de milho no Brasil. Mal compensando, Chicago subiu apenas 0,15% no dia, 0,11% na semana, caiu 1,23% no mês e subiu 14,28% no ano”, indica. 

“Nesta semana a China, finalmente, autorizou portos e exportadores brasileiros a embarcar milho para a China, o que pode significar um impulso mais forte na demanda e, consequentemente, nos preços. Assim como o trigo, o milho brasileiro depende desesperadamente de um enxugamento na oferta interna para melhorar os seus preços domésticos. Esperamos que comece a acontecer agora”, conclui.

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