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AGRONEGÓCIO Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2020, 13:10 - A | A

Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2020, 13h:10 - A | A

REFLEXOS DA GUERRA

Trump diz que pode seguir ‘indenizando’ agricultores

AGROLINK

Carlos Barria/Reuters

TRUMP

 

Um dia depois do Secretário de Agricultura do Estados Unidos, Sonny Perdue, instar aos fazendeiros para que plantassem “para o mercado”, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que seguirá com a política de “ajudar” aos agricultores afetados pela Guerra Comercial com a China, mesmo quando os acordos comerciais entrarem em vigor, caso os produtores rurais necessitem. 

 

Até a última semana, o governo já destinou US$ 14,2 bilhões em dinheiro para amenizar os impactos da guerra comercial na produção de 2019. Em 2018 foram registradas perdas na casa de US$ 8,6 bilhões nos setores de agricultura e pecuária. 

 

“Se os nossos agricultores formalizados precisam de ajuda adicional até que os acordos comerciais com a China, o México, o Canadá e outros iniciem oficialmente, o auxílio será fornecido pelo governo federal, pago pelo dinheiro massivo da tarifa que está nos EUA!”, disse Trump nas redes sociais. 

 

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que as exportações para a China atinjam US$ 14 bilhões neste ano fiscal, um terço dos US$ 40 bilhões anuais que o país asiático aceitou comprar em alimentos, produtos agrícolas e frutos do mar dos EUA na “primeira fase” do acordo que iniciou em meados de fevereiro. 

 

Autoridades afirmam que a comparação direta dos números é difícil, já que o acordo comercial é medido em anos civis (com 365 dias) enquanto o USDA utiliza como base o ano fiscal (com 360 dias). Além disso, no acordo há produtos que não são contabilizados como exportação. 

 

Depois de China e Estados Unidos acordaram em amenizar a guerra fiscal entre os dois países, Perdue disse que não haveria neste ano os pagamentos do chamado Programa de Facilitação do Mercado. Quando perguntado se houve algum tipo de reconsideração, depois das novas estimativas de compras do país chinês, o secretário afirmou que “provavelmente não” e complementou que não estava aconselhando nenhum agricultor a buscar os pagamentos, concluindo orientando os produtores norte-americanos a buscarem lucros no mercado. 

 

O Twitter do presidente Trump, no entanto, pegou os funcionários do USDA desprevenidos. De acordo com o subsecretário para comércio do departamento de agricultura norte-americano, Ted McKinney. “O tweet do presidente foi uma surpresa para nós. Ele tomou a decisão e vamos seguir com essa decisão”, disse McKinney. 

 

Em 10 de fevereiro o USDA pagou $ 14,2 bilhões dos US$ 14,5 bilhões previstos no acordo de pagamentos para produtores para a produção de 2019. Iowa, Illinois, Texas, Minnesota e Kansas foram os Estados que mais receberam valores, com mais de US$ 1 bilhão cada. 

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