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18 de Outubro de 2025

BRASIL Sábado, 18 de Outubro de 2025, 11:47 - A | A

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SEGUNDO TURNO

Bolívia decide novo presidente em eleição que encerra 20 anos de hegemonia da esquerda

As eleições ocorrem em meio a uma das piores crises econômicas do país, com inflação anual acima de 23% e grave escassez de dólares

Redação

A Bolívia realiza neste domingo (19/10) um segundo turno inédito em sua história para eleger o próximo presidente. A disputa marca o fim de duas décadas de hegemonia do Movimento ao Socialismo (MAS) e coloca frente a frente dois candidatos de direita: o senador Rodrigo Paz (PDC) e o ex-presidente Jorge Quiroga (coalizão Libre).

As eleições ocorrem em meio a uma das piores crises econômicas do país, com inflação anual acima de 23% e grave escassez de dólares, produtos básicos e, principalmente, combustíveis. Em La Paz e Santa Cruz, cidadãos chegam a esperar dias em filas para conseguir abastecer seus carros, o que afeta diretamente o transporte e o ciclo econômico.

Os Candidatos e a Crise

A urgência econômica ofuscou outros temas, como o narcotráfico e a figura de Evo Morales, tornando-se o foco da campanha.

  • Jorge “Tuto” Quiroga: Político experiente e ex-presidente (2001-2002), Quiroga é um tecnocrata de linha dura e opositor ferrenho do MAS. Sua bandeira é o acesso a organismos internacionais, como o FMI, para enfrentar a crise. Ele é criticado por ter sido vice-presidente de Hugo Banzer, que foi ditador em 1971.

  • Rodrigo Paz: Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora e visto como carismático, Paz surpreendeu no primeiro turno com um trabalho de base. Seu programa é liberal, mas ele afirma que a Bolívia não precisa de dinheiro externo, pois há recursos internos suficientes se a corrupção for combatida. 

Desafios e a Sombra de Evo Morales

 O resultado é incerto devido à falta de confiabilidade das pesquisas. Quem vencer enfrentará desafios enormes, como a necessidade de construir governabilidade em um cenário fragmentado e a urgência em cortar os subsídios aos combustíveis.

O futuro presidente também terá que lidar com a influência de Evo Morales, que, mesmo impedido de concorrer e alvo de ordem de prisão, conseguiu mobilizar 19% de votos nulos no primeiro turno. Especialistas indicam que, se Quiroga vencer, ele pode enfrentar Morales mais diretamente, enquanto Paz também terá que gerir o poder do MAS.

Fonte Metrópoles

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