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BRASIL Segunda-feira, 03 de Dezembro de 2018, 17:45 - A | A

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FUTURO GOVERNO

Bolsonaro 'bateu o martelo' e definiu que futuro governo terá 22 ministérios, anuncia Onyx

G1 e TV Globo — Brasília

 

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta segunda-feira (3) que o presidente eleito Jair Bolsonaro "bateu o martelo" e decidiu que a Esplanada dos Ministérios terá 22 pastas (veja ao final desta reportagem a lista completa dos ministérios do próximo governo). Lorenzoni apresentou a estrutura ministerial durante entrevista coletiva concedida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede do gabinete de transição.

 

"A princípio, essa é a estrutura definitiva que o presidente bateu o martelo", declarou aos jornalistas o ministro da transição.

 

Lorenzoni reafirmou nesta tarde que o Trabalho perderá o status de ministério e terá suas atribuições divididas entre Justiça, Economia e Cidadania. Ele já havia antecipado a informação na manhã desta segunda em uma entrevista à Rádio Gaúcha.

 

Ele explicou ainda que Advocacia-Geral da União (AGU) e BC terão "ministros transitórios". O Banco Central perderá o status no momento em que o Congresso Nacional aprovar a independência do órgão. No caso da AGU, o governo pretende aprovar uma emenda constitucional para garantir foro privilegiado ao chefe da instituição. Assim, não seria preciso manter o status de ministério.

 

Atualmente, o governo Michel Temer tem 29 ministérios, cálculo que inclui Advocacia-Geral da União (AGU) e Banco Central. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro havia dito que, se eleito, o número de pastas seria reduzido a "no máximo" 15.

 

Palácio do Planalto

 

Em meio à entrevista, Onyx Lorenzoni explicou a divisão de tarefas dos quatro ministérios que ficam no Palácio do Planalto: Casa Civil, Secretaria de Governo, Secretaria-Geral da Presidência e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

 

A Casa Civil responderá, segundo Lorenzoni, pela coordenação dos programas do governo, com a subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) e articulação com o Congresso Nacional. O futuro ministro explicou que "um time" de ex-deputados e ex-senadores cuidará do relacionamentos com a Câmara e o Senado.

 

A Secretaria de Governo cuidará da relação com estados e municípios e do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), o programa de concessões e privatizações do governo federal. A Secretaria-Geral da Presidência terá na sua alçada a Secretaria de Comunicação da Presidência e cuidará de assuntos sobre modernização do Estado, informou Lorenzoni.

 

Comunicação

 

Na estrutura apresentada por Lorenzoni, a comunicação do governo será dividida. Será criada uma "assessoria especial" para cuidar especificamente da comunicação de Bolsonaro. Redes sociais do presidente, por exemplo, serão administradas nesta nova assessoria, que não ficará dentro da atual Secretaria de Comunicação (Secom). A Secom ficará sob o guarda-chuva da Secretaria-Geral e manterá, entre outras atribuições, os contratos de publicidade do governo federal.

 

Base aliada

 

Na projeção de Onyx Lorenzoni, a base aliada ao governo Bolsonaro poderá chegar a 350 deputados federais. Ainda segundo os cálculos do futuro ministro da Casa Civil, pouco mais de 40 senadores devem apoiar o Palácio do Planalto no Legislativo.

 

Segundo ele, o governo não cobrará fidelidade em todas as votações no Congresso, pois respeitará questões de "foro íntimo" dos setores que integram a base eleitoral dos parlamentares. “Vamos ter uma atenção muito grande com a base de cada parlamentar. Não vamos usar o fechamento de questão para trazer deputados para a base”, enfatizou.

 

O parlamentar que votar na maior parte dos projetos com o governo, explicou Lorenzoni, será considerado integrante da base aliada. "Quando dá para votar, ok. Quando não dá, explica", observou o futuro ministro. Lorenzoni disse que o governo criará "uma nova fórmula" de articulação para, segundo ele, eliminar o chamado "toma-lá-dá-cá".

 

Os 22 ministérios de Bolsonaro

 

Casa Civil: Onyx Lorenzoni

 

Economia: Paulo Guedes

 

Gabinete de Segurança Institucional: general Augusto Heleno

 

Ciência e Tecnologia: Marcos Pontes

 

Justiça: Sérgio Moro

 

Agricultura: Tereza Cristina

 

Defesa: general Fernando Azevedo e Silva

 

Relações Exteriores: Ernesto Araújo

 

Banco Central: Roberto Campos Neto

 

Controladoria Geral da União (CGU): Wagner Rosário

 

Saúde: Luiz Henrique Mandetta

 

Advocacia Geral da União (AGU): André Luiz de Almeida Mendonça

 

Secretaria Geral da Presidência: Gustavo Bebianno

 

Educação: Ricardo Vélez Rodríguez

 

Secretaria de Governo: general Carlos Alberto dos Santos Cruz

 

Infraestrutura: Tarcísio Gomes de Freitas

 

Desenvolvimento Regional: Gustavo Canuto

 

Cidadania: Osmar Terra

 

Turismo: Marcelo Álvaro Antônio

 

Minas e Energia: almirante Bento Costa Lima

 

Meio Ambiente: a definir

 

Direitos Humanos: a definir

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