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Enem: veja dicas de como administrar o tempo de prova e evitar desespero

Professores dão dicas sobre como planejar a resolução, quando fazer pausas e o momento ideal para escrever a redação. Exame será aplicado no próximos dois domingos, 9 e 16 de novembro

G1

Quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos próximos dois domingos, 9 e 16 de novembro, já sabe que a prova envolve concentração e estratégia. Mais do que dominar os conteúdos estudados, saber administrar o tempo é essencial para garantir um bom desempenho. ⏳

Relembre a divisão da prova:

* 1º dia de Enem: máximo de 5h30 para resolver 90 questões objetivas (45 de Linguagens e 45 de Ciências Humanas), mais a redação;
* 2º dia de Enem): máximo de 5h para resolver outras 90 questões (45 de Matemática e 45 de Ciências da Natureza).

“O Enem é conhecido por ser uma prova extensa, com enunciados longos e que exigem bastante interpretação textual, independentemente da área do conhecimento”, ressalta Ana Cláudia Rodrigues, coordenadora da Turma Enem do Poliedro Curso.

O estudante que realizou simulados ao longo do ano deve estar familiarizado com o estilo de prova e bem treinado para responder ao volume de questões dentro do tempo disponível.

Professores destacam que, para além das sugestões, o plano de prova deve ser individual, de acordo com o perfil, ritmo e o nível de preparo do aluno. Cabe a cada um identificar a ordem de resolução que funciona melhor e criar técnicas próprias para ter organização, foco e tranquilidade durante o exame.

Dicas práticas para gerenciar o tempo no Enem
* Comece pelas questões fáceis e médias, garantindo pontos e confiança;
* Leia o enunciado antes do texto de apoio, para direcionar a leitura;
* Crie metas por hora: resolva cerca de 20 questões/hora no segundo dia, por exemplo;
* No primeiro dia, separe pelo menos uma hora para fazer a redação, que tem peso importante na nota final;
* Reserve 20 a 30 minutos para o gabarito para evitar correria;
* Faça pausas curtas a cada 1h30, alongue-se e coma algo leve.

A principal recomendação dos professores é começar pelas questões de nível fácil e médio, que podem ser resolvidas mais rapidamente. Além de otimizar a resolução, essa escolha é estratégica também para a nota final, calculada pela Teoria de Resposta ao Item (TRI).

Esse modelo, em resumo, valoriza o candidato que acerta as questões fáceis e médias e reduz a pontuação de quem acerta apenas as difíceis, porque entende que pode ter sido "chute".

Busque por enunciados e textos curtos, ou imagens, gráficos e tabelas simples. Isso ajuda a ganhar confiança e ritmo.

O professor Jeferson Petronilho, coordenador da Escola SEB Lafaiete, acrescenta que vale começar por exercícios relacionados a temas que o aluno domina.

Na hora de resolver o item, Ana Cláudia orienta começar pelo enunciado e pelas alternativas, grifando o comando da questão. "Só depois siga para o texto de apoio – isso direciona a leitura e poupa tempo", diz.

Se, após essa primeira leitura dinâmica, o exercício parecer complicado, circule e siga para o próximo.

"Não sabe uma questão? Pule e volte mais tarde. Não há problema algum em não resolver a prova de ponta a ponta. Temos a tendência de querer nos debruçar sobre uma questão e tentar resolvê-la imediatamente, mas isso pode mais atrapalhar do que ajudar", resume Ana Cláudia.

Vale criar metas de resolução para uma melhor gestão do tempo. “No segundo dia, por exemplo, o candidato precisa resolver 90 questões em 5 horas. Separando 30 minutos para o gabarito e imprevistos, a meta seria de 20 questões por hora”, ela calcula.

O controle pode ser feito com base nas marcações de tempo feitas pelos fiscais de 30 em 30 minutos, já que não é permitido usar relógio durante a prova. Assim, o estudante consegue medir se está no ritmo adequado ou se precisa acelerar.

É importante reservar um tempo para preencher o cartão-resposta. Ana Cláudia recomenda cerca de 30 minutos para a tarefa. Esse também é o momento para revisar eventuais questões que o aluno possa ter deixado passar ou sinalizado para rever no final.

“Uma boa ideia é ir transferindo para o gabarito a cada 10 ou 15 questões feitas, evitando a correria no final”, acrescenta Petronilho.

 Em caso de fadiga mental, mudar a área de conhecimento pode ser uma alternativa. Por exemplo, se o estudante está empacado na prova de Matemática, pode fazer uma pausa e iniciar as questões de Ciências da Natureza, retornando mais tarde para a outra frente.

Mas tome cuidado para isso não virar um “ping-pong” constante, alerta o professor.

 Outra dica é usar marcações simples, que ajudam na organização: escrever um “ok” em questões que tem certeza da resposta; um ponto de interrogação nas que ficou em dúvida entre alternativas; e um “x” nas que não tem ideia de como fazer.

Redação: fazer no começo, na metade da prova, ou deixar para o fim?
Assim como a forma de resolução das provas objetivas, a escolha do momento ideal para a redação depende do perfil do aluno.

“Fazer no começo é adequado para quem tem mais facilidade para escrever. No meio da prova, é uma boa opção dar um respiro entre as áreas. Já quem lê e escreve muito rápido pode deixar para o final”, pensa Jeferson.

Para Ana Cláudia, a melhor estratégia é começar pela redação. "O início da prova é quando o foco e a memória estão mais preparados – competências decisivas para a escrita de uma boa redação de vestibular", defende.

Mesmo que o aluno opte por deixar para concluir a redação mais tarde, vale usar esse primeiro momento para ler a proposta com cuidado, planejar o texto e já rascunhar algumas partes.

Independente da escolha, a recomendação é reservar entre 1h e 1h20 para a redação. Lembrando que, depois de escrever o rascunho, é preciso passar o texto à limpo na folha definitiva, que será entregue à banca. Isso também demanda certo tempo.

Importância das pausas
“Dificilmente conseguimos nos manter 100% focados por horas seguidas. Incluir momentos espaçados para ir ao banheiro, se alimentar ou beber água pode aumentar o rendimento e a concentração”, orienta Ana Cláudia.

A primeira hora de prova é o momento de maior eficiência – evite pausar nesse momento. Fora isso, a coordenadora sugere ao menos duas pausas ao longo da tarde. Aproveite a ida ao banheiro para fazer um breve alongamento e lavar o rosto.

A alimentação deve ser leve. Prepare lanches que podem ser consumidos rapidamente e que vão saciar o apetite, como uma barrinha de cereais, uma castanha, ou uma fruta seca.

Quanto à hidratação, “é importante beber água aos poucos, aos goles, evitando exageros que possam atrapalhar o rendimento”, diz Petronilho.

O professor acrescenta que "esticar os braços, as pernas, fechar os olhos por cerca de 30 segundos e respirar fundo por umas cinco vezes ajuda o aluno a retomar o seu ponto de equilíbrio”.

“São estratégias muito simples e que podem reduzir substancialmente a fadiga mental causada por longos períodos de foco na mesma tarefa”, conclui Ana Cláudia.

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