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ministro da Saúde

Lewandowski sobre metanol em bebidas: ‘Tudo indica que há distribuição para além de SP’

R7

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (30) que a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as mortes e internações causadas pela ingestão de bebida alcoólica com metanol.

“No momento, as ocorrências estão concentradas, mas tudo indica que há uma distribuição para além do estado de São Paulo e, portanto, sendo uma ocorrência que transcende os limites de um estado, isso atrai a competência da Polícia Federal.”

Segundo o ministro, a corporação deve investigar a origem e o âmbito de distribuição deste produtos. Além disso, ele destacou que o sistema de alerta da pasta emitiu alertas para todo o país após os casos fugirem dos “padrões normais”.

“Essas intoxicações fogem dos padrões comuns, porque, normalmente, a ingestão de metanol ocorria entre pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade, que se dirigiam aos postos de combustíveis, adquiriram o metanol, ingeriam e ficavam intoxicadas, chegando muitas vezes a óbito”, disse o ministro.

Na segunda-feira (29), a Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou o segundo caso de morte na cidade por suspeita de intoxicação por metanol. Este é o terceiro óbito no estado relacionado à suposta contaminação com a substância.

Saúde

Já o ministro Alexandre Padilha afirmou que a média histórica do país é de cerca de 20 casos por ano de intoxicação por metanol, que são devidamente notificados pelos profissionais de saúde, no SUS (Sistema Único de Saúde), e enviados no nosso sistema de notificação nacional.

Metanol

Os casos de intoxicação por metanol dispararam no país. A substância é altamente tóxica, mesmo em pequenas doses, e ataca o sistema nervoso.

A principal causa é o consumo de bebidas destiladas contaminadas, especialmente gin, vodca e uísque, vendidas em bares, festas, lojas de conveniência, adegas e distribuidoras.

Também chamado de álcool metílico, o metanol é um biocombustível altamente inflamável, obtido por destilação destrutiva de madeira, processamento da cana-de-açúcar ou a partir de gases de origem fóssil.

Suas propriedades químicas são semelhantes às do etanol, mas com toxicidade significativamente maior. Além de ser usado como solvente em indústrias químicas, o metanol é aplicado na fabricação de plásticos, biodiesel e combustíveis.

Segundo o governo, a adulteração de bebidas aumenta a gravidade da situação, pois, do ponto de vista da saúde pública, pode provocar surtos epidêmicos com casos graves e alta taxa de letalidade.

Sintomas da intoxicação

Após a ingestão acidental de metanol, os principais sintomas relatados incluem:

  • Visão turva
  • Dor de cabeça intensa
  • Náusea
  • Alteração da consciência

Nos casos mais graves, a contaminação pode causar cegueira irreversível e até a morte. O tratamento em hospitais envolve antídotos (etanol venoso), vitaminas (ácido fólico ou folínico) e hemodiálise nos casos mais severos.

Recomendação

Secretaria da Saúde de São Paulo recomenda que bares, restaurantes e outros estabelecimentos que comercializam bebidas verifiquem cuidadosamente a procedência dos produtos fornecidos.

A pasta alerta ainda que a população deve comprar apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando produtos de origem duvidosa e prevenindo casos de intoxicação que podem colocar vidas em risco.

 

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