Na Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre as ações do governo dos Estados Unidos ao tráfico internacional e disse que os narcotraficantes são vítimas dos usuários de drogas. A fala do petista foi feita após ser questionado sobre a comparação do presidente Donald Trump sobre cartéis latinos ao Estado Islâmico.
“Toda vez que a gente fala em combater drogas, possivelmente era mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vitimas dos usuários também”, disse.
Anteriormente, o presidente havia sido questionado sobre seu encontro com o Trump e disse estar confiante sobre um possível acordo entre os dois países. Enquanto falava sobre o narcotráfico, Lula disse, ainda, ter “prazer” em discutir o tema com o líder norte-americano, caso fosse do seu interesse.
Na visão de Lula, a comparação de Trump “falta um pouco de compreensão da política internacional”. O presidente brasileiro defendeu o processo de julgamento antes de punir alguém e, ainda, criticou a fala sobre “matar” pessoas supostamente envolvidas em algum crime.
“Você não pode simplesmente dizer que você vai invadir, combater o narcotráfico na terra dos outros sem levar em conta a constituição de outro país, autodeterminação dos povos, sem levar em conta a soberania territorial de cada país”, completou.
Lula e Trump
Lula e Trump podem se encontrar presencialmente na Ásia no próximo domingo (26). Caso ocorra, será a primeira reunião oficial dos dois — no fim de setembro, eles se “esbarraram” por poucos segundos durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, nos EUA.
Em visita à Indonésia, Lula se mostrou confiante no resultado da reunião com o líder norte-americano Donald Trump e disse “não existir veto” sobre nenhum assunto que será discutido entre eles, incluindo a punição aplicada aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo o petista, o acordo com Trump será boa para ambos países.
“Essa reunião está sendo esperada há algum tempo. Eu tenho todo interesse em ter essa reunião e mostrar que houve um equívoco nas taxações. Houve um certo truncamento, mas depois do telefonema do Trump acho que estamos caminhando para mostrar que não há divergência que não possa ser dirimida quando duas pessoas com boa vontade se sentam em uma mesa”, disse.
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