A Polícia Federal deve encaminhar nesta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) um laudo indicando que o ex-ministro Augusto Heleno possui Alzheimer e recomendando que ele vá para prisão domiciliar.
A expectativa é que o resultado do laudo saia até o final desta semana. Segundo apurou o UOL, a equipe de médicos da corporação considerou as instalações adequadas para o militar. Não devem ser apontados problemas com a capacidade do lugar para atender as necessidades dele.
A tendência é que seja indicada a prisão domiciliar. Como o quadro de Alzheimer do general pode ir se agravando, a expectativa é que o laudo aponte a prisão domiciliar como a melhor alternativa para ele, que possui 78 anos de idade.
Peritos avaliaram o general na semana passada. Eles passaram a manhã da última sexta-feira (12) na cela onde Heleno cumpre pena, no Comando Militar do Planalto, em Brasília.
A equipe da PF também analisou material apresentado pela defesa do general. Os médicos viram exames e laudos médicos apresentados pelo advogado de Heleno antes de realizarem a visita.
Moraes deu 15 dias para perícia. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, quer mais informações sobre a situação de Heleno e as possibilidade de ele cumprir pena onde está detido. A ordem foi dada após contradições entre o que disse Heleno e o que disse sua defesa sobre o diagnóstico de Alzheimer.
Militar afirmou durante exame de corpo de delito, ao ser preso, que sofria da condição desde 2018. Em manifestação ao STF, porém, sua defesa afirmou que o diagnóstico foi feito só em 2025.
A PGR foi favorável à prisão domiciliar humanitária. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o quadro clínico de Heleno foi atestado por prontuários médicos. Os advogados de Heleno argumentam que o general tem acompanhamento psiquiátrico desde 2018 e que ele foi diagnosticado com demência mista (Alzheimer).
Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) fez parte do chamado "núcleo crucial" da trama golpista, onde também estava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A defesa do general tem usado a condição de saúde para solicitar a prisão domiciliar. A decisão cabe a Moraes, que deve fazer isso após avaliar o resultado da perícia da PF.
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