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CIDADES Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 16:49 - A | A

Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 16h:49 - A | A

LAUDO PERICIAL

Violação de lacres no concurso para delegado é confirmada pela Politec

Redação

violação prova

 (Foto:Divulgação)

Após as investigações sobre suposta violação de lacres e furtos nas provas do concurso para delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, que foi aplicado no dia 08 de outubro, o laudo realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), relevou que os envelopes plásticos com as provas do concurso foram "rompidos parcialmente com a provável subtração do caderno de provas".

 

O perito criminal Flávio Yuudi Kutoba, responsável pelo laudo, relatou que realizou a apuração com envelopes supostamente violados e com outros que estavam intactos. "Como padrões de confrontos, foram utilizados 10 envelopes de segurança, sendo cinco do tipo opaco (externo) e cinco do tipo transparente (interno), os mesmos envelopes utilizados no concurso citado anteriormente, e, ainda, cinco etiquetas de segurança, ambos fornecidos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado", detalha.

 

A perícia pela Politec foi organizada após um pedido do delegado Diogo Santana dos Santos, que comanda as investigações de suposta fraude em inquérito aberto pelo GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado).

 

O concurso para delegado teve mais de 13 mil concorrentes, ofertando vagas para o cargo com salário mensal inicial de R$ 19 mil.

 

Segundo Flávio, após a utilização de um equipamento ótico especializado Comparador de Vídeo Espectral VSC 5000, com lentes especiais de aumento com possibilidade de aquisição de imagem digital, foi possível comprovar a violação.

 

"No envelope periciado, os dois elementos da fita encontravam-se ativados, ou seja, a fita foi rompida parcialmente no sentido longitudinal, rompimento de aproximadamente 107 mm, e o segundo elemento com a mensagem violado foi revelado na fita e com vestígios no envelope, com a distância de aproximadamente 140 mm com relação a lateral direita do envelope. Portanto, pode-se afirmar que ocorreu a violação parcial do lacre externo", disse.

 

Além disso, no envelope transparente também ocorreu à ruptura. "No envelope periciado, encontraram-se indícios de que as fitas adesivas sofreram abertura parcial de aproximadamente 100 mm, tendo em vista o desalinhamento/amassamento quando comparada às demais partes das fitas adesivas presentes no envelope e também pelo aspecto da cola responsável pela adesão nesta porção das fitas adesivas. Observou-se, ainda, vestígios de cola fora da região de aderência, ou seja, houve um reposicionamento das fitas após a adesão inicial", relatou.

Divulgação

violação prova

 

A mesma ação foi reproduzida em outro envelope plástico, pois, segundo a perícia realizada por Flávio, o envelope possuía cortes feitos por facas.

 

"A etiqueta de segurança encontrada aderida no envelope externo, sobre a fita adesiva verde, possui cortes regulares de segurança (faqueamento). Tal elemento identifica a tentativa de remoção da etiqueta da superfície em que for aplicado. No exame pericial, observou-se o

rompimento parcial deste elemento de segurança de aproximadamente 30 mm. Considerando o início do rompimento na etiqueta à lateral direita do envelope, observou-se um rompimento de aproximadamente 145 mm (rompimento total). Esta etiqueta, visando garantir a sua autenticidade, possui outros elementos de seguranças como microletras e faixa holográfica", assinala.

 

Após essa ação, pode haver o acesso ao caderno de perguntas da prova. "Posteriormente, foram feitas diversas simulações de abertura e fechamento dos lacres de segurança dos envelopes com etiqueta. simulou-se, ainda, a retirada e colocação de um caderno de provas fictício dos envelopes de segurança lacrados e com a etiqueta de segurança aderida, com as mesmas medidas e quantidade de folhas dobradas ao meio, e 60 cadernos de provas. Impende informar que houve a necessidade de simular um caderno de provas, pois não se dispunha um caderno original no momento dos exames", explicou o perito Flávio YuudiKubota.

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