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ECONOMIA Quinta-feira, 16 de Outubro de 2025, 14:16 - A | A

Quinta-feira, 16 de Outubro de 2025, 14h:16 - A | A

dados do Banco Central

Após três meses de queda, 'prévia do PIB' registra expansão de 0,4% em agosto

Última alta mensal do índice tinha sido em abril, quando o IBC-Br atingiu os mesmos 0,4%; os meses seguintes foram de queda. Indicador é divulgado mensalmente pelo Banco Central

G1

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta quinta-feira (16), registrou expansão de 0,4% em agosto na comparação com o mês anterior.

O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes.

A última alta mensal do índice tinha sido em abril, quando o IBC-Br atingiu os mesmos 0,4%. Os meses seguintes foram de queda (veja no gráfico abaixo).

* Na parcial do ano, até agosto, o índice registrou alta de 2,6%.
* Em 12 meses, até agosto, o aumento foi de 3,2%.

Veja abaixo o desempenho setor por setor em agosto:

Agropecuária: - 1,9%
Indústria: 0,8%
Serviços: 0,2%

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem uma metodologia diferente.

Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem-estar social.

Desaceleração esperada da atividade
A desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre deste ano já era esperada tanto pelo mercado financeiro quanto pelo Banco Central, diante do elevado nível da taxa de juros.

Fixada pelo Banco Central para conter as pressões inflacionárias, a taxa Selic está, atualmente, em 15% ao ano — o maior patamar em quase 20 anos.

A instituição tem sinalizado que os juros permanecerão neste patamar por um "período bastante prolongado" de tempo. Os analistas dos bancos esperam cortes somente em 2026.

O mercado financeiro estima uma taxa de crescimento do PIB 2,16% em 2025, contra 3,4% no ano passado. O BC projeta uma expansão de 2,1% neste ano.

O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. Avalia que isso é um "elemento necessário para a convergência da inflação à meta [de inflação, de 3%]".

Na ata da última reunião do Copom, divulgada no início de agosto, o BC informou que o chamado "hiato do produto" segue positivo. Isso quer dizer que a economia continua operando acima do seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação.

O Banco Central também informou que a atividade econômica doméstica "tem indicado certa moderação no crescimento e, ao mesmo tempo, apresentado dados mistos entre os setores e indicadores".

PIB X IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados a "prévia do PIB". Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.

O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o maior crescimento da economia, por exemplo, pode haver mais pressão inflacionária, o que contribuiria para conter a queda dos juros.

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