A inadimplência em Mato Grosso apresentou leve recuo de 0,04% em abril em comparação a março de 2025. Apesar da queda, o número de consumidores negativados ainda é elevado: 1,224 milhão de pessoas — o que representa 46,93% da população adulta do estado. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), analisados pela equipe de inteligência da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá).
O presidente da CDL Cuiabá, Júnior Macagnan, disse que sem a educação financeira dificilmente o problema da inadimplência será totalmente resolvido. “Nós da CDL estamos trabalhando para incluir este assunto como matéria nas escolas. Já levamos a proposta para a prefeitura de Cuiabá, para o Governo de Mato Grosso e também para o Conselho de Educação. É preciso aprender a administrar a vida financeira desde cedo”, destaca.
Na comparação anual, o aumento foi de 2,98%, abaixo da média do Centro-Oeste (+7,30%) e do Brasil (+4,59%). O tempo médio de atraso no pagamento das dívidas é de 2,2 anos, sendo que 38,60% dos inadimplentes estão em débito há mais de um ano. O valor total devido chega a R$ 6,4 bilhões, com uma média de R$ 5.270,33 por pessoa.
O grupo entre 30 e 39 anos é o mais impactado, concentrando 26,78% dos registros. A idade média dos inadimplentes é de 43,5 anos. Homens representam 53,59% dos negativados, enquanto as mulheres somam 46,41%. Cada inadimplente tem, em média, 2,267 dívidas em aberto, totalizando 2,67 milhões de débitos no estado.
Entre os setores credores, os bancos concentram a maior parte das dívidas, com 51,50% — crescimento de 8,28% em relação a abril de 2024. O comércio aparece em segundo lugar, com 24,15%, mas apresentou queda de 7,58% no comparativo anual. Contas de água e luz respondem por 11,25%, seguidas por comunicação (4,22%).
RENEGOCIAÇÃO - A CDL Cuiabá reforça que fatores como juros elevados, inflação e perda de poder de compra são os principais responsáveis pelo endividamento da população. A entidade recomenda que os consumidores busquem renegociar suas dívidas, participem de feirões de negociação e invistam em educação financeira como forma de retomar o controle do orçamento. “A renegociação é o primeiro passo para quem deseja reestabelecer o crédito e recuperar a tranquilidade financeira”, alerta Junior Macagnam presidente da CDL Cuiabá.
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