De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Mato Grosso registrou, em julho de 2025, 1,142 milhão de pessoas com contas em atraso, o que representa 43,81% da população do estado. O montante total das dívidas chega a R$ 6,261 bilhões, com um tempo médio de atraso de 2,3 anos. Em média, cada consumidor negativado deve R$ 5.479,40, considerando todas as pendências.
Apesar de, no comparativo anual, o estado ter apresentado o menor crescimento no número de inadimplentes entre as regiões analisadas (+6,71% frente a julho de 2024), a variação mensal foi mais acentuada que a média nacional. Os dados do SPC Brasil revelam que entre junho e julho de 2025, Mato Grosso registrou alta de 0,98%, o equivalente a 11.089 novos devedores, enquanto o Centro-Oeste cresceu 0,78% e o Brasil, apenas 0,23%.
Na Capital de Mato Grosso, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá. Junior Macagnam, a instituição está sempre de portas abertas para orientar os inadimplentes a renegociar as dívidas. “A CDL Cuiabá tem investido na educação financeira com o objetivo de diminuir o número de inadimplentes em Cuiabá”, enfatizou.
No perfil dos inadimplentes, 53,66% são homens e 46,34% mulheres, com idade média de 43,5 anos. A faixa etária mais afetada é de 30 a 39 anos (26,97%), seguida por 40 a 49 anos (22,31%) e 50 a 64 anos (19,08%).
O valor médio das dívidas por inadimplente em Mato Grosso é de R$ 2.290 por registro, um pouco abaixo da média do Centro-Oeste (R$ 2.331) e acima da média nacional (R$ 2.212).
Na análise por setores credores, os bancos lideram como principais responsáveis pelas dívidas no estado, representando 53,06% dos débitos, seguidos pelo comércio (23,88%), contas de água e luz (10,11%) e serviços de comunicação (4,33%). No comparativo de um ano, o setor bancário registrou alta de 8%, enquanto o comércio teve queda de 10,26% na participação.
Em relação ao número de dívidas em atraso, Mato Grosso apresentou crescimento de 11,92% em um ano e de 0,88% em relação ao mês anterior. Nacionalmente, esses índices foram de 13,81% e 0,31%, respectivamente.
Os dados mostram que, embora Mato Grosso tenha conseguido conter o avanço da inadimplência em relação a outros estados no período de 12 meses, o desafio persiste, especialmente quando observada a evolução mês a mês e a concentração das dívidas no setor bancário.
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