O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, anunciou nesta quarta-feira (5) a manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano. A expectativa do mercado é que a taxa só comece a cair em 2026.
Com o cenário de juros altos, as aplicações em fundos de renda fixa são mais atraentes. Já a caderneta de poupança, mais popular entre os brasileiros, acaba perdendo para outros investimentos.
Os chamados pós-fixados, que têm a sua rentabilidade atrelada a um índice financeiro, continuam como os mais beneficiados.
Entre eles, o CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA, indicados para quem está começando a investir e para reserva de emergência.
O prefixado é quando o investidor sabe exatamente quanto irá receber ao final do prazo da aplicação. Já o pós-fixado tem a rentabilidade de acordo com um índice econômico de referência, como o CDI ou a taxa Selic.
Antônio Sanchez, analista de research da Rico, explica que os investimentos pós-fixados, que são diretamente afetados pelos juros mais altos, devem continuar rendendo bastante.
“Não deve mudar muito o cenário para a renda fixa, pelo menos para os próximos meses. Os investimentos pós-fixados continuam trazendo uma boa rentabilidade, como o Tesouro Selic, um investimento mais básico, que um investidor pode ter. Muito indicado para o investidor que deseja liquidez, um investimento que possa resgatar a qualquer momento”, afirma o especialista.
Veja simulação com um investimento de R$ 1.000 em um ano:
“Mas, se o investidor abrir mão da liquidez, ele consegue até uma rentabilidade um pouco maior”, avalia Sanchez.
Segundo ele, para o IPCA+, também não há previsão que tenha muita mudança. “A curva dos investimentos atrelados ao IPCA tem apresentado uma redução ao longo dessas revisões, de perspectiva de queda da inflação ao longo do tempo, mas ainda continua num patamar excelente de retorno”, acrescenta.
Sanchez afirma que os prefixados também já apresentaram uma queda no juros ao longo dos últimos meses. “Mas alguns estudos que a gente fez aqui mostram que o investimento em prefixado pode ser interessante, é uma parcela importante que o investidor pode ter na carteira de investimento”, orienta o especialista.
Ele explica que, nesses momentos que antecedem a queda de juros, os investimentos prefixados tendem a ter uma boa rentabilidade. “Geralmente o mercado subestima a queda que os juros de fato terão e, nesse cenário, os prefixados são bastante interessantes, oferecendo um retorno acima dos pós-fixados, de mesmo nível de risco.”
Ele destaca também os investimentos de crédito privado, em que o investidor pode assumir um pouco mais de risco de crédito para tentar uma rentabilidade um pouco maior.
“É importante que o investidor escolha bem os investimentos do crédito privado, porque, se os juros altos são interessantes para aquela pessoa que está emprestando dinheiro, são um detrator para quem está pegando o dinheiro, para quem está assumindo essa dívida”, conclui.
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