A Ponte Preta promete brigar até o fim pela possibilidade de ficar com a vaga do Goiás na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Horas depois da divulgação de uma suposta irregularidade com os documentos do lateral-direito Ernandes, o departamento jurídico da Macaca concedeu uma entrevista para explicar como pretende tratar o caso daqui para a frente.
Acompanhados pelo presidente José Armando Abdalla, que inclusive confirmou que Gilson Kleina não será o técnico em 2019, o diretor jurídico Giuliano Guerreiro e o advogado João Felipe Artioli disseram que o Goiás tem responsabilidade pela escalação de um jogador com documentos irregulares. A Macaca vai esperar um posicionamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas, se ele não acontecer, o clube fará uma denúncia.
– A Ponte entende, categoricamente, que o Goiás tem responsabilidade nessa situação. Seria um salvo conduto para eles. Até acho que realmente não sabiam, mas existe a responsabilidade. Decisão da diretoria é aguardar até quarta-feira para ver se a Procuradoria vai oferecer a denúncia. Se eles oferecerem, vamos acompanhar como terceira interessada. Caso não, vamos tomar nosso caminho e oferecer a denúncia por conta própria – disse Guerreiro.
A Ponte é uma das partes interessadas no caso. Quinta colocada da Série B, com 60 pontos, a Macaca terminou o campeonato com a mesma pontuação do Goiás, mas ficou fora do G-4 pelo número de vitórias. Uma punição ao time esmeraldino, portanto, beneficiaria o clube paulista com a vaga na elite do Brasileirão de 2019. O caso poderia mexer também com o rebaixamento na Série A, pois Ernandes jogou uma partida pelo Ceará. Nesse caso, o time cearense cairia no lugar do Sport.
– Tem um artigo que fala da responsabilidade objetiva dos clubes, que é o que o STJD tem levado em conta em algumas situações. Não há um caso similar, e seria um divisor de águas no futebol. A interpretação que fizemos depois de analisar todos os regulamentos e também das decisões do STJD e também de TJD de estados é que o registro, se o documento está errado, se realmente foi falsificado, está viciado desde o início – explicou Artioli.
O departamento jurídico da Macaca aguarda agora um posicionamento oficial do STJD para decidir os próximos passos. Diretamente envolvido na questão,o Goiás mostrou confiança que não haverá mudança no resultado dentro de campo No entendimento do clube alviverde, se houver alguma punição, será ao jogador. O clube entende que, mesmo que seja comprovada alguma fraude, a mesma não é de responsabilidade da agremiação.
Os cartolas da Macaca discordam:
– Entendimento do STJD é de responsabilidade objetivo. Então, em tese, se o clube tem como verificar (o documento), teria culpa. Por uma interpretação, os clubes teriam responsabilidade na apresentação dos documentos apresentados por ele – afirmou Artioli.
– Importante falar para a torcida da Ponte que temos interesse em promover essa irregularidade e que vamos fazer de tudo para a Ponte não ser prejudicada. Regulamento é para ser cumprido – completou Guerreiro.
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