O novo presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, que assumiu o cargo ontem, depois da renúncia de Luis Eduardo Girão, confirmou ao Estado que o clube dialoga com Rogério Ceni sobre a possibilidade de o ex-goleiro assumir o comando técnico da equipe na próxima temporada. Desempregado desde que saiu do São Paulo, em julho, Ceni já conheceu as instalações do clube cearense e sua eventual contratação é vista com otimismo nos bastidores da equipe, que busca um nome “de peso” para o ano de seu centenário.
Ainda não há um acordo com Ceni. O Fortaleza negocia com pelo menos outros dois técnicos. “Esperamos para sentarmos e oficializar uma oferta. Temos um teto salarial, mas cada um tem o seu valor e preferimos não abrir os números”, disse o dirigente. A busca por um treinador para o time que garantiu o acesso à Série B do Brasileiro, depois de oito anos, é vista como prioridade. De acordo com a presidência, a intenção é anunciar um comandante neste mês.
“Ceni é um grande nome, muito interessante pela história e pelo currículo e agora o que a gente precisa é verificar as necessidades e possibilidades do clube”, diz Paz. “Precisamos de alguém que tenha um trabalho de campo qualificado, uma boa imagem junto ao torcedor e que saiba conduzir o trabalho no dia a dia.”
O nome de Ceni foi acionado no Fortaleza assim que Antônio Carlos Zago deixou o comando do time, no fim de outubro. Amigo de Ceni, o preparador de goleiros do time cearense, Bosco, ex-reserva dele no São Paulo, foi quem forneceu o contato do ex-treinador são-paulino à diretoria leonina.
A contratação de um nome “de peso” para o comando do time em 2018 é parte da estratégia do Fortaleza para o ano de seu centenário. “Aproveitando o aniversário, queremos envolver mais o torcedor, nas bilheterias e no (programa) sócio-torcedor, além de termos uma equipe competitiva para a disputa da Série B”, afirma o presidente. “Temos consciência da dificuldade, mas queremos fazer uma boa campanha no Brasileiro no ano que vem e almejamos o acesso à Série A. Seria o grande presente à nossa torcida no ano do centenário.”
A visita de Ceni às dependências do Fortaleza, na semana passada, intensificou as especulações por parte de torcedores de que ele poderia assumir o comando do time. Durante o passeio, o ex-goleiro se encontrou com Bosco e com diretores da equipe, que apresentaram a Ceni a estrutura do clube. Porém, nenhuma proposta foi feita naquela ocasião.
Bosco se anima com a possibilidade de atuar novamente ao lado de Ceni, desta vez numa comissão técnica. “Trabalhar com pessoas de qualidade, de caráter, é sempre bom. Se tiver essa oportunidade de estar com ele de novo, será maravilhoso para mim, para o Fortaleza, e tenho certeza que para ele também. É um projeto ambicioso, mas que é possível e seria muito bom.”
Procurada pela reportagem, a assessoria de Rogério Ceni preferiu não fornecer informações sobre possíveis negociações do ex-goleiro.
PSG foi só sonho
O pontapé inicial das comemorações do centenário do Fortaleza foi ambicioso: o clube negociou com a diretoria do Paris Saint-Germain a possibilidade de a equipe francesa fazer um amistoso na capital cearense no fim deste ano. Porém, o projeto que alimentou internamente a expectativa de ser um dos maiores eventos esportivos do Brasil, não foi adiante.
“Essa possibilidade esfriou”, reconhece o presidente Marcelo Paz. “Havia uma expectativa, o Governo do Estado estaria junto neste projeto, por conta do apelo turístico do evento, mas o custo seria muito alto, e então, não pôde acontecer. Mas ainda queremos fazer um grande evento, com a marca do centenário, e trazer uma equipe de nível mundial para jogar contra o Fortaleza.”
O sonho de enfrentar Neymar e companhia está ligado às origens do clube. As cores da equipe, azul, vermelho e branco, foram escolhidas pelo fundador do Fortaleza, Alcides Santos, em homenagem à bandeira da França, onde havia vivido. O Paris Saint-Germain tem as mesmas cores.
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