Os debates sobre a punição reduzida de Cristiano Ronaldo continuam ganhando força, mesmo dias após a decisão do Comitê Disciplinar da FIFA. Agora foi a vez do jornalista espanhol Guillem Balague comentar o assunto. Em participação no programa Football Daily, da BBC, ele saiu em defesa do português de 40 anos e afirmou que a diminuição da suspensão, de três jogos para apenas um, deveria ser vista como uma “homenagem”.
“Eu acho que ele merece estar na Copa do Mundo. Acredito que as regras não podem ser tão rígidas, porque o mundo não é preto e branco. Eu sei que ninguém vai me apoiar aqui, que isso será mais bem compreendido na Espanha ou em Portugal, mas vamos lá”, declarou Balague antes de apresentar seus argumentos.
O jornalista destacou, primeiro, o histórico disciplinar do atacante com a seleção portuguesa. “Ronaldo nunca foi expulso jogando pela seleção. Ele já tinha levado uma suspensão de um jogo contra a Armênia e havia mais duas pendentes… Mas reduzir o castigo é uma homenagem à carreira extraordinária dele. Muito melhor do que qualquer prêmio entregue em uma cerimônia”, afirmou.
Ele também defendeu o impacto comercial da presença do craque. “O futebol é um negócio. Ninguém aqui está trabalhando de graça. A FIFA existe para gerar receita e grandes torneios dependem do poder das estrelas para atrair público, fãs e patrocinadores. Preservar esse valor não é corrupção”, argumentou.
Por fim, Balague citou o impacto emocional da ausência do jogador no Mundial. “Tentem explicar para as crianças do mundo inteiro que o maior ídolo delas, Ronaldo, não vai jogar quando, segundo a Federação Portuguesa de Futebol, ele não atingiu o rosto ou o pescoço de ninguém. Ele reagiu depois de ser atingido primeiro”, concluiu o comentarista, que atua também na CBS Golazo e em programas da La Liga.
O que a FIFA decidiu?
A origem da polêmica
O caso começou na derrota de Portugal para a Irlanda por 2 a 0, em Dublin, no dia 13 de novembro. Cristiano Ronaldo foi expulso após o VAR detectar que ele havia golpeado as costas do defensor Dara O’Shea. Em situações assim, o Comitê Disciplinar da FIFA costuma classificar o lance como “conduta violenta”, o que gera suspensão de três partidas. Desta vez, porém, a entidade aplicou apenas um jogo de gancho, deixando outros dois sob pena suspensa.
Com isso, Cristiano Ronaldo estará liberado para atuar nos dois primeiros jogos da Copa do Mundo de 2026, algo que não aconteceria se a punição completa tivesse sido aplicada. Ele já cumpriu a única suspensão no jogo seguinte, quando Portugal goleou a Armênia por 9 a 1.
Apesar da redução, a FIFA colocou o jogador sob alerta. Durante um ano, qualquer expulsão mesmo em amistosos pode reativar os dois jogos de punição suspensos, o que faria o atacante perder compromissos importantes na campanha portuguesa nos Estados Unidos.
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