Jimmy Lai, um bilionário de Hong Kong ligado ao setor da mídia que critica a interferência da China no território semiautônomo foi processado nesta sexta-feira (11) por violar a lei de segurança nacional.
Um de seus jornais, o "Apple Daily", noticiou o processo judicial. Uma audiência está agendada para o sábado.
Lai, de 73 anos, é um ativista pró-democracia. Ele é a pessoa mais famosa a ser acusada com base na lei, que foi imposta ao moradores de Hong Kong em junho.
Nas últimas semanas, outras pessoas foram processadas com base na lei, como os ativistas Joshua Wong e Agnes Chow. Além disso, alguns deputados pró-democracia perderam o mandato, o que levou toda a oposição em Hong Kong a renunciar.
A lei prevê penas para atos que os chineses descrevem como secessão, subversão, terrorismo, colusão com forças estrangeiras. Pelo texto, os condenados podem enfrentar até mesmo pena perpétua.
A oposição em Hong Kong classifica a lei como uma forma de acabar com as críticas.
A lei foi aprovada pela China depois de meses de protestos contra a interferência chinesa em Hong Kong.
Já se esperava um processo contra Lai. Os jornais chineses o descrevem como um dos incentivadores dos protestos de 2019.
Desde que a lei foi sancionada, as manifestações de rua diminuíram em frequência e intensidade. Lai, no entanto, continuou com as críticas à China.
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