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INTERNACIONAL Sexta-feira, 11 de Julho de 2025, 09:45 - A | A

Sexta-feira, 11 de Julho de 2025, 09h:45 - A | A

guerra antissubmarino

Conheça o avião ‘caçador de submarinos’ usado por países da Otan para rastrear ações russas

R7

Otan vem ampliando significativamente sua capacidade de guerra antissubmarino, em resposta ao aumento das atividades navais russas no Atlântico Norte e no Ártico.

Um dos principais instrumentos dessa estratégia é o Boeing P-8 Poseidon, aeronave multifuncional desenvolvida para patrulhamento marítimo, vigilância e operações de combate abaixo da superfície.

Segundo o almirante Stuart Munsch, comandante das Forças Navais dos Estados Unidos na Europa e África, as forças da aliança têm investido em tecnologias avançadas e plataformas de vigilância como o P-8, o que trouxe notáveis avanços em operações antissubmarino. “Os aliados estão de parabéns pelos esforços. Isso mudou de forma perceptível ao longo do tempo”, afirmou o oficial, em entrevista concedida ao Business Insider.

O P-8 Poseidon, fabricado pela Boeing, substituiu o antigo P-3 Orion e representa um salto em capacidades técnicas. A aeronave é equipada com radar de abertura sintética, sensores infravermelhos, sonoboias, torpedos e mísseis antinavio, além de sistemas acústicos altamente sensíveis. Seu design é baseado no jato comercial 737-800, o que facilita manutenção e operação em diferentes bases aliadas.

Além dos Estados Unidos, países como Reino Unido, Noruega, Alemanha e Nova Zelândia já incorporaram o P-8 à sua frota. O Canadá está em processo de aquisição, enquanto outros membros da Otan permitem o uso de suas bases, como ocorre na Islândia, que cede infraestrutura para operações e manutenção do Poseidon.

Os exercícios conjuntos e o compartilhamento de tecnologia são destacados como diferenciais. Recentemente, Alemanha e Reino Unido firmaram acordo que permite o uso compartilhado de uma base aérea na Escócia, ampliando as patrulhas sobre o Atlântico Norte. O almirante Munsch destaca que a colaboração entre aliados “aumentou significativamente” em comparação a anos anteriores.

A crescente preocupação com a presença submarina russa decorre do avanço de embarcações altamente furtivas, como os submarinos da classe Yasen, considerados difíceis de detectar e monitorar. Segundo Munsch, a guerra antissubmarino é uma das tarefas mais complexas das operações navais, exigindo tecnologia robusta e equipes altamente treinadas.

A frota russa possui cerca de 64 submarinos ativos, com capacidade para lançar mísseis de cruzeiro e balísticos, o que reforça o interesse da Otan em manter vigilância constante. Além do P-8, a aliança utiliza helicópteros, navios de patrulha, drones subaquáticos e, claro, submarinos próprios para rastreamento e dissuasão.

O Poseidon também recebeu atualizações importantes em 2025, com novas versões incorporando melhorias em hardware, sistemas de combate, comunicação por satélite, arquitetura de software e integração de sensores. Tais avanços ampliam a capacidade de resposta e o intercâmbio de informações com outras marinhas parceiras.

O emprego do P-8 não se restringe a fins militares. Em países como a Nova Zelândia, por exemplo, a aeronave é usada para monitoramento da zona econômica exclusiva, apoio em missões de busca e salvamento, combate à pesca ilegal e auxílio em desastres naturais, demonstrando versatilidade operacional.

 

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