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INTERNACIONAL Quinta-feira, 20 de Junho de 2024, 14:11 - A | A

Quinta-feira, 20 de Junho de 2024, 14h:11 - A | A

visita do líder russo

Em clima de "bromance", Putin e Kim Jong-un brincam e dão risada durante passeio de carro

G1

Risadas, brincadeiras e "bromance": além da assinatura de um pacto de parceria estratégica, a visita do presidente russo Vladimir Putin ao ditador Kim Jong-un nesta semana, na Coreia do Norte, foi marcada pela troca de gentilezas entre os dois chefes de Estado -- todas, claro, exaustivamente registradas e divulgadas pelas agências estatais dos dois países.

Durante uma volta de limusine, um vídeo registrou o momento em que Putin, ao volante, conversa forma descontraída com o anfitrião, gesticulando e até chegando a arrancar uma risada de Kim.

O passeio ocorreu a bordo de uma Aurus Senat, limusine de fabricação russa que foi um presente de Moscou ao líder supremo norte-coreano. O veículo, blindado e com valor estimado em R$ 1,5 milhão, tem um estilo "retrô" que lembra os carros oficiais soviéticos.

Ao fim da cena, registrada nesta terça-feira (18) e divulgada pelo Kremlin, Kim "vence" a queda de braço e o visitante entra no veículo, enquanto o norte-coreano se dirige à porta do outro lado. 

As cenas registradas pelos dois estafes sinalizam uma vontade de Rússia e Coreia do Norte de mostrar laços de amizade entre os dois países, que contam com a antipatia das potências ocidentais.

A cena foi recebida com humor negro nas redes sociais. Na rede X (antigo Twitter), um usuário brincou, ao citar uma fala imaginária do Putin: "Aqui está o controle do ar-condicionado. E se você apertar aqui, os EUA não vão mais existir".

O presidente russo, Vladimir Putin, que fez nesta semana sua primeira visita à Pyongyang em 24 anos, disse que a aliança é uma forma de "lutar contra a hegemonia dos Estados Unidos" e de países aliados. A visita aumentou os alertas do Ocidente.

Antes da reunião com Kim Jong-un, Putin participou de uma cerimônia de boas-vindas que contou com a presença de militares e uma multidão de civis.

Nesta quarta-feira (19), os líderes de Rússia e Coreia do Norte assinaram um acordo de parceria estratégica, o mais forte desde a Guerra Fria, e prometeram ajuda mútua em caso de ataque.

Parceria estratégica

O presidente russo e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, assinaram um acordo de parceria estratégica em Pyongyang, informaram agências de notícias russas. Segundo Putin, o acordo inclui uma cláusula de assistência mútua no caso de agressão estrangeira contra um dos dois países.

A parceria também prevê, de um lado, apoio da Rússia a manobras de Pyongyang perto da Coreia do Sul, o que deve piorar ainda mais a relação entre as duas Coreias, que já vem piorando desde o ano passado.

Do outro lado, o governo norte-coreano também dará mais apoio à Rússia na Guerra da Ucrânia -- segundo os EUA, Putin utiliza na guerra munições e mísseis fornecidos por Kim Jong-un. Ambos negam.

“Hoje, um novo documento fundamental que estabelecerá as bases das nossas relações de longo prazo está pronto”, disse Putin, citado por agências de notícias russas. Depois da cerimônia, o presidente da Rússia agradeceu o apoio "inabalável" da Coreia do Norte à política russa, inclusive no que diz respeito à Ucrânia.

Putin disse ainda que os Estados Unidos e países aliados possuem uma política hegemônica e imperialista, que está sendo combatida por ele.

Já Kim Jong-un afirmou que as relações entre Rússia e Coreia do Sul estão entrando em um período de nova prosperidadeO ditador norte-coreano afirmou ainda que apoia completamente a "operação militar" na Ucrânia e reforçou o apoio "incondicional" à Rússia.

 

Coreia do Norte e Rússia também tinham acordos de parceria durante a Guerra Fria. Moscou e Pequim apoiaram Pyongyang durante a Guerra das Coreias.

Os Estados Unidos temem que a Rússia contribua para o programa nuclear e armamentista da Coreia do Norte.

Além disso, o governo norte-americano acusa a Rússia de usar armas da Coreia do Norte na Ucrânia. Tanto Moscou quanto Pyongyang negam troca de armas.

Ainda durante o encontro, Putin convidou Kim Jong-un para uma nova reunião em Moscou. O ditador norte-coreano esteve na Rússia em setembro de 2023. No entanto, à época, o encontro com Putin aconteceu em uma cidade próxima à fronteira com a Coreia do Norte.

Kim e Putin também tiveram uma reunião fechada para discutir os temas "mais importantes e sensíveis".

 

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