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2ª maior economia do mundo

Em reação aos EUA, China abandona status de 'país em desenvolvimento'

O premiê Li Qiang anunciou a mudança em discurso feito na terça-feira, em Nova York, durante um fórum de desenvolvimento promovido pelo país na reunião anual da Assembleia Geral da ONU

Associated Press

A China declarou que não pedirá mais o tratamento diferenciado destinado a países em desenvolvimento nos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC) — medida que os Estados Unidos reivindicavam há anos.

Segundo o Ministério do Comércio, a decisão busca fortalecer o sistema global em um cenário marcado por disputas tarifárias e iniciativas protecionistas de países que limitam importações.

Mesmo sem mencionar diretamente os Estados Unidos ou as tarifas aplicadas este ano pelo presidente Donald Trump a vários países, entre eles a própria China, a medida foi interpretada nesse contexto.

Há anos, os EUA defendem que a China renuncie ao status de país em desenvolvimento, por ser a segunda maior economia do mundo. Esse enquadramento na OMC garante exigências mais flexíveis para abertura de mercados e prazos estendidos para aplicar medidas de liberalização.

 A OMC funciona como espaço de negociação do comércio internacional e garante a aplicação dos acordos, mas sua eficácia vem diminuindo, o que levou a crescentes apelos por reforma.

A direção da organização, com sede em Genebra, classificou a decisão chinesa como “uma notícia de grande importância para a reforma da OMC” e agradeceu ao país em uma publicação no X.

“Este é o resultado de muitos anos de trabalho árduo”, escreveu Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da entidade.

O premiê Li Qiang anunciou a mudança em discurso feito na terça-feira, em Nova York, durante um fórum de desenvolvimento promovido pela China na reunião anual da Assembleia Geral da ONU.

Apesar da mudança, a China segue se classificando como país de renda média, e o Ministério do Comércio ressaltou que ainda integra o grupo de nações em desenvolvimento.

Nos últimos anos, a China passou a ser uma fonte relevante de empréstimos e apoio técnico para países que buscam erguer estradas, ferrovias, barragens e outros grandes projetos — em geral executados por estatais chinesas.

 

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