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INTERNACIONAL Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025, 08:47 - A | A

Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025, 08h:47 - A | A

Projeto Astraea

O que se sabe sobre a nova ogiva nuclear de última geração anunciada pelo Reino Unido

R7

O Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou nesta semana que o país está desenvolvendo uma nova ogiva nuclear de última geração, batizada de Projeto Astraea. A informação foi divulgada pelo jornal especializado UK Defence Journal.

Segundo o ministro da Defesa, Luke Pollard, o Astraea faz parte da Revisão Estratégica de Defesa britânica e está incluído em um investimento de £ 15 bilhões (cerca de R$ 108 bilhões) destinado ao programa de ogivas nucleares soberanas do Parlamento.

O valor também cobre a manutenção do modelo atual, Mk4A, e modernizações no Estabelecimento de Armas Atômicas (AWE), órgão responsável pelo projeto e produção do arsenal nuclear do país.

Substituição do modelo atual

O Projeto Astraea, cujo nome técnico é A21/Mk7, está sendo desenvolvido totalmente dentro do Reino Unido pelo AWE, nacionalizado em 2021. A previsão é de que ele entre em serviço na década de 2030, quando o modelo atual, chamado Holbrook, será aposentado.

O Holbrook, usado nos mísseis Trident 2 D5, fica a bordo dos submarinos nucleares da classe Vanguard. A ideia é que o Astraea comece a ser utilizado ao mesmo tempo em que esses veículos forem substituídos pela nossa classe Dreadnought.

O projeto britânico é feito em conjunto com os Estados Unidos, que trabalham em uma ogiva semelhante, chamada W93. Os dois países compartilham algumas peças para manter compatibilidade entre os sistemas de defesa, ambos baseados nos mísseis Trident.

Novas tecnologias

De acordo com o UK Defence Journal, o Astraea vai trazer melhorias importantes de segurança e eficiência. Entre elas, estão explosivos menos sensíveis – o que reduz o risco de acidentes – e novos sistemas desenvolvidos em parceria com os EUA.

Essa também será a primeira ogiva britânica certificada sem passar por testes nucleares reais, em respeito ao Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, que o Reino Unido assinou.

Em julho, os Estados Unidos voltaram a posicionar bombas nucleares táticas B61-12 na base aérea britânica em Lakenheath pela primeira vez desde 2008, para dar suporte aos caças F-35A estacionados no local.

A instalação de armas nucleares norte-americanas em território britânico já era esperada desde 2022, quando a guerra entre Rússia e Ucrânia começou.

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