A China realiza na próxima quarta-feira, 3 de setembro, um grande desfile militar em Pequim para comemorar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. O evento contará com a presença do líder norte-coreano Kim Jong-un, do presidente russo Vladimir Putin e de outros 24 líderes mundiais, segundo o governo chinês.
A informação de que Kim participará do desfile foi anunciada pelo vice-ministro Relações Exteriores da China, Hong Lei, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (28), de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
Esta será a primeira visita do líder norte-coreano ao país desde 2019, quando se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping. A ocasião também será a primeira vez que ele participará de um evento multilateral com outros líderes mundiais desde que assumiu o poder, em 2011.
A China, que possui o segundo maior orçamento militar do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, usará o desfile para demonstrar o avanço tecnológico militar do país. Segundo a AFP, serão exibidos armas pesadas, sistemas hipersônicos de precisão, drones e tecnologias antirrobôs nunca antes apresentados.
O desfile ocorrerá na Praça da Paz Celestial e terá a inspeção das tropas pelo presidente Xi Jinping. Tropas terrestres, esquadrões aéreos e outros equipamentos de combate de alta tecnologia também estarão em exibição.
Alinhamento
Segundo analistas, o evento intensifica o alinhamento entre China, Coreia do Norte e Rússia diante das tensões escaladas com os EUA, que fortalecem laços com Coreia do Sul e Japão.
A Segunda Guerra Mundial, da qual o fim é celebrado no desfile, é referida pela China como a Guerra Antifascista Mundial e a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa.
Durante as décadas de 1930 e 1940, milhões de chineses morreram na guerra contra o Japão imperial, que se intensificou após o ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941, evento que precipitou a entrada dos EUA na Segunda Guerra.
“Manter, consolidar e desenvolver a amizade tradicional entre a China e a Coreia do Norte é uma posição firme do Partido Comunista da China e do governo chinês”, disse Hong Lei durante a coletiva desta quinta.
A Coreia do Norte, que depende economicamente da China – com quem teve 97% do seu comércio externo em 2023, segundo dados chineses – também tem intensificado laços com a Rússia, fornecendo tropas e munição para o conflito na Ucrânia em troca de assistência econômica e militar.
Além de Kim e Putin, líderes de países como Irã, Bielorrússia, Sérvia, Cuba, Indonésia, Mianmar, Paquistão e Malásia também estarão presentes.
Não há expectativa de participação de líderes de grandes países ocidentais, como os EUA, por causa das divergências com a Rússia, especialmente sobre a guerra na Ucrânia, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).
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