O presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, pedirá ao governo Putin que lhe entregue o ex-ditador Bashar al-Assad, refugiado na Rússia desde dezembro de 2024, segundo a agência de notícias France Presse (AFP).
O pedido ocorrerá durante um encontro que al-Shaara terá com o presidente russo durante uma viagem a oficial à Moscou nesta quarta-feira (15). A reunião entre os líderes começou pouco após as 8h no horário de Brasília.
Segundo a agência de notícias síria Sana, o objetivo seria levar Assad de volta à Síria para o submeter a julgamento por supostos crimes contra a população durante seu regime, que durou entre 2000 e 2024.
"Sharaa pedirá ao presidente russo [Vladimir Putin] que entregue todos os indivíduos que cometeram crimes de guerra e estão na Rússia, em especial Bashar al-Assad", afirmou à AFP um funcionário do governo sírio.
Bashar al-Assad está em Moscou desde dezembro de 2024, quando fugiu da Síria durante uma ofensiva-relâmpago liderada pelo grupo rebelde HTS, liderado por al-Sharaa, que derrubou seu governo. A Rússia foi uma das principais fontes de apoio durante as mais de duas décadas do regime Assad.
Durante o encontro, Putin celebrou os "laços especiais" entre os governos russo e sírio e disse a al-Shaara que a Rússia está pronta para fortalecer o vínculo com Damasco.
Segundo agências de notícias internacionais, os líderes também discutirão o futuro das bases militares russas na Síria, segundo o Kremlin. A Rússia possui duas grandes bases militares na Síria: a base aérea de Hmeimim, na província de Latakia, e uma instalação naval em Tartus, na costa.
Síria e Rússia são aliados históricos, e ambos os lados indicam que querem continuar com a tendência em meio ao novo governo em Damasco. Em julho, Putin e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, se reuniram com o chanceler sírio Asaad al-Shibani em Moscou, na primeira visita desde a queda de Assad.
Segundo a fonte da AFP, os líderes também devem discutir "questões econômicas sobre investimentos, a situação das bases russas na Síria e o rearmamento do novo Exército sírio".
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