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27 de Julho de 2024

INTERNACIONAL Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016, 10:11 - A | A

Sexta-feira, 30 de Setembro de 2016, 10h:11 - A | A

INTERVENÇÃO MILITAR

Quase 10 mil morreram em um ano de ataques russos na Síria

France Presse

Georges Ourfalian / AFP

 

Os ataques russos na Síria deixaram 9.364 mortos, incluindo 3.804 civis, desde o início da intervenção militar de Moscou em apoio ao presidente Bashar al-Assad, iniciada em 30 de setembro de 2015, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

O regime de Assad e sua aliada Rússia estão submetidos a uma crescente pressão internacional para que seus ataques cessem, principalmente na cidade de Aleppo, no norte do país, que se transformou no símbolo da guerra.

O balanço inclui ainda 2.746 combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e 2.814 milicianos dos outros grupos rebeldes e islamitas que lutam contra o regime de Assad. O Observatório Sírio é baseado no Reino Unido e conta com uma ampla rede de informação na Síria, com fontes médicas, militares e civis em seu país.

Além disso, 20 mil civis ficaram feridos nos bombardeios russos, segundo o OSDH, cujo diretor Rami Abdel Rahman indica que este balanço pode ser mais elevado levando-se em conta o número de pessoas mortas por aviões não identificados.

BOMBARDEIOS 'BÁRBAROS'

Os bombardeios contra a cidade de Aleppo, retomados com força em 19 de setembro após uma trégua de uma semana negociada por Washington e Moscou, estão entre os mais violentos já ocorridos em cinco anos de guerra na Síria, que provocou a morte de 300.000 pessoas desde março de 2011.

Apesar das pressões internacionais, em especial dos países ocidentais, a aviação russa manterá "sua operação de apoio à luta antiterrorista das forças armadas sírias", declarou na quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O presidente americano, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, condenaram na quinta-feira com força "os bárbaros bombardeios aéreos dos russos e do regime sírio contra o leste de Aleppo, uma zona onde vivem centenas de milhares de civis, a metade deles crianças".

A Rússia chegou a propor uma pausa de 48 horas para que a ajuda humanitária pudesse chegar à região de Aleppo. Porém, os Estados Unidos pedem para que a pausa se prolongue por sete dias, o que os russos não aceitam.

Aleppo, cidade chave do conflito, está dividida desde 2012 entre os bairros rebeldes, a leste, e as zonas sob controle governamental, a oeste.

REGIME AVANÇA EM ALEPPO

Mais de uma semana depois de ter anunciado uma grande ofensiva para reconquistar a parte rebelde, o exército sírio avançava nesta sexta-feira em dois fronts, no norte e no centro da metrópole, ganhando terreno em território rebelde.

No norte, "depois de ter recuperado das mãos dos rebeldes o antigo acampamento de refugiados palestino de Handarat, as forças do regime capturaram na manhã desta sexta-feira o antigo hospital Kindi", nas mãos dos insurgentes desde 2013, explicou Abdel Rahman do OSDH.

A tomada desta posição chave pode permitir que o regime "avance em direção a Hellik e Haydariyé", dois bairros rebeldes no noroeste da cidade, segundo o diretor do OSDH.

Enquanto isso, no centro, eram travados duros combates entre os dois grupos em Suleiman al Halabi, bairro localizado na linha de demarcação, segundo o OSDH. O exército tenta tomar o controle da parte rebelde.

Segundo a agência oficial Sana, quatro civis morreram e 10 ficaram feridos pelos foguetes lançados pelos rebeldes contra a zona governamental.

 

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