Um vídeo divulgado por canais pró-Rússia no Telegram mostra o que seria um sistema de laser antidrone sendo usado pelas forças de Moscou na guerra contra a Ucrânia. As imagens, publicadas pelo canal Military Informant na quinta-feira (5), indicam que o equipamento tem origem chinesa e já foi fornecido anteriormente ao Irã.
As cenas mostram soldados operando o sistema a partir do interior de um veículo. Um dos militares gira o aparato externo com um joystick, enquanto pequenas perfurações aparecem em uma placa de metal, supostamente atingida pelo laser. Em seguida, o vídeo exibe um drone em chamas, desgovernado no ar, seguido por outro alvo sendo atingido de forma semelhante.
Especialistas em defesa e entidades militares não confirmaram a origem exata do equipamento, mas há semelhanças visuais com o Shen Nung, sistema chinês de armas a laser. Modelos em contêineres ou montados em caminhões da linha Shen Nung 3000 e 5000 já foram apresentados anteriormente em feiras militares. Fotos recentes tiradas no Irã mostram um sistema semelhante coberto por uma lona azul.
O pesquisador Fabian Hinz, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, identificou paralelos entre o equipamento visto no vídeo e o Shen Nung. Ele observou mudanças no arranjo dos sensores, mas destacou a forte semelhança estrutural com os modelos chineses.
Canais russos afirmam que o sistema já está sendo usado pela unidade de forças especiais Nomad. Segundo essas fontes, o desempenho representa um avanço em relação aos projetos anteriores de defesa com laser. O próprio canal que divulgou o vídeo afirmou que o ceticismo anterior sobre esse tipo de armamento foi superado diante das novas demandas do campo de batalha.
Em outra análise, o analista militar russo Kornev Dmitry classificou o sistema como uma variante do “Sistema Chinês de Defesa a Laser de Baixa Altitude (LASS)”, utilizado por forças de segurança da China. Ele atribui o desenvolvimento à Academia Chinesa de Engenharia Física.
Utilização internacional
O suposto uso do sistema pela Rússia reforça uma tendência mais ampla. Israel revelou nesta semana que usou o sistema Magen Or, também conhecido como Iron Beam, para derrubar drones do Hezbollah. Desenvolvido pela empresa Rafael, o laser faz parte de um programa acelerado de defesa aérea conduzido em conjunto pelas Forças de Defesa de Israel, pela força aérea de Tel-Aviv e pelo setor de pesquisa militar do país.
Os Estados Unidos também operam sistemas semelhantes em pequena escala para fins de teste e avaliação, tanto em bases quanto em embarcações. No entanto, o desenvolvimento dessas armas ainda enfrenta obstáculos técnicos, como limitações de alcance, sensibilidade a fatores ambientais e desafios térmicos.
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