A alemã Ursula von der Leyen, que em novembro se tornará a primeira mulher à frente da Comissão Europeia, apresentou nesta terça-feira (10) a equipe com a qual deve enfrentar desafios como a mudança climática, o Brexit ou o relacionamento com os Estados Unidos.
A conservadora alemã divulgou as pastas que ocuparão a partir de 1º de novembro cada um dos 26 comissários de seu futuro Executivo, que não terá representante britânico, uma vez que a saída do Reino Unido do bloco está prevista para 31 de outubro.
O chanceler espanhol Josep Borrell foi nomeado em julho como chefe da diplomacia europeia;
O holandês Frans Timmermans será o responsável pela implementação da política climática da próxima presidente, que prometeu um 'Green Deal' (Pacto Verde) durante seu mandato;
A dinamarquesa Margrethe Vestager assumirá a política digital e continuará como comissária da Concorrência;]
Valdis Dombrovskis, da Letônia, será o vice-presidente encarregado de coordenar a política econômica do bloco e dos serviços financeiros;
O ex-primeiro-ministro italiano Paolo Gentiloni será o comissário da Economia;
O atual comissário europeu da Agricultura o irlandês Phil Hogan estará à frente do Comércio, que um posto chave: deverá finalizar a negociação com os países do Mercosul e negociar o futuro relacionamento com o Reino Unido;
"Minha comissão será uma comissão geopolítica comprometida com políticas sustentáveis", disse Von der Leyen, para quem o novo Executivo deve "adotar medidas ousadas contra a mudança climática", construir sua parceria com os Estados Unidos e definir seu relacionamento com a China.
A futura Comissão Europeia deverá agora passar pelo trâmite da Eurocâmara, que se pronunciará sobre o futuro Executivo em 22 de outubro.
Audiências
Entre 30 de setembro e 8 de outubro, os novos comissários serão submetidos a audiências diante de suas respectivas comissões parlamentares, um procedimento que às vezes pode custar o posto, como aconteceu em 2014 com a eslovena Alenka Bratusek.
Na ocasião, a ex-primeira-ministra eslovena não convenceu os eurodeputados da sua idoneidade para assumir o cargo de comissária da Energia, forçando Liubliana a apresentar uma nova candidata. As dificuldades na Eurocâmara poderiam surgir desta vez para França, Polônia e Romênia.
O Organismo Europeu de Luta Antifraude (Olaf) investiga a ex-eurodeputada francesa Sylvie Goulard, que foi proposta para a pasta do Mercado Interno, pela contratação pelo seu partido de assistentes de maneira fictícia, caso que também é investigado pela justiça francesa.
O Olaf também estuda o caso do candidato da Polônia, Janusz Wojciechowski, que deveria assumir a pasta da Agricultura, por "alegadas irregularidades no reembolso de despesas de viagem" durante seu mandato como eurodeputado.
Quanto à romena Rovana Plumb, aspirante a comissária dos Transportes, é acusada de ter redigido uma decisão do governo em benefício de uma empresa próxima ao ex-homem forte da esquerda de seu país, Liviu Dragnea, na prisão desde maio.
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