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POLÍCIA Sexta-feira, 24 de Novembro de 2017, 12:14 - A | A

Sexta-feira, 24 de Novembro de 2017, 12h:14 - A | A

JALECO PRETO

Criminosos confirmam golpes contra pacientes internados em hospitais

GD

Agora MT

 

O delegado Cícero Túlio Coutinho da Silva, da Polícia Civil do estado do Amazonas, colhe depoimento dos acusados de participarem do golpe do falso médico que tiveram mandados de prisão cumpridos em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). Ele veio de Manaus para coordenar a operação “Jaleco Preto”, deflagrada pela Polícia Civil, na qual 11 ordens judiciais foram expedidas contra membros de uma organização criminosa, comandada por presidiários da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, conhecida como Mata Grande.

Equipes de policiais ainda realizam buscas à procura de 2 suspeitos de participarem do esquema, no qual os criminosos extorquiam familiares de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Estamos ouvindo as pessoas presas, estão confirmando a participação, estão indicando as execuções dos dados para o pessoal do presídio. Estão confirmando o que a gente já tinha nas investigações”, disse o delegado ao Gazeta Digital.

 

As investigações foram iniciadas há 2 meses. Mais de R$ 200 mil foram arrecadados com golpes de estelionato praticados em dezenas de hospitais de vários estados do país, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Amazonas.

 

Presos na Mata Grande, José Divino e Diego Gabriel são apontados como líderes do esquema. Eles tiveram mandado de condução coercitiva expedido e serão os últimos interrogados por fazerem parte do núcleo de liderança. Além de serem indiciados pelo golpe de estelionato, também responderão a um processo administrativo da penitenciária. “Há uma grande possibilidade de eles serem transferidos para outra unidade prisional”, afirma Cícero.

utros 9 integrantes da organização criminosa, pertencem ao núcleo financeiro e ficavam responsáveis por ceder as contas bancárias, utilizadas para o recebimento de valores oriundos dos golpes. “As pessoas que cediam as suas contas bancárias para recebimento desses vultuosos valores recebiam, a título de comissão, cerca de 30% do valor operado com o golpe”, afirma.

 

Além das prisões e conduções realizadas por ordem judicial, o filho de uma mulher integrante da organização criminosa, Deivid Dias dos Santos, se entregou espontaneamente à polícia, dizendo que fazia parte do esquema.

 

Segundo o delegado, a maioria dos envolvidos são de Mato Grosso. Apenas Diego Gabriel veio de Araçatuba (SP). As prisões dos criminosos que agiam de dentro da Mata Grande, segundo o delegado, não têm qualquer relação com os crimes de estelionato praticados nesses golpes do falso médico. “Foram presos por tráfico e roubo”, afirmou.

 

Golpe do falso médico

 

Na modalidade de golpe, um desconhecido se identifica pelo telefone como sendo médico ou diretor clínico de hospital. Normalmente não dispõe de conhecimento técnico científico sobre tratamentos médicos e, por isso, menciona exames absurdos. O estelionatário trabalha com a fragilidade da família que tem um parente internado.

 

Como evitar: Desconfie de qualquer pedido de dinheiro pelo telefone proveniente de hospitais; contrate eventuais exames diretamente em uma clínica ou hospital; em caso de telefonema procure confirmar os nomes de todo o corpo clínico e retorne imediatamente a ligação para o hospital pelo número do telefone que você dispõe, nunca ao número fornecido pelo interlocutor; não deposite quantias em contas de desconhecidos. 

 

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