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POLÍCIA Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2017, 08:54 - A | A

Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2017, 08h:54 - A | A

AÇÃO POLICIAL

Investigações qualificadas do GCCO prendem 89 membros de organizações criminosas em MT

Assessoria

 

Investigação qualificada, monitoramento constante da criminalidade organizada, uso de técnicas e ferramentas de inteligência e capacitação policial, foram os principais fatores que levaram a desarticulação de quadrilhas especializadas em roubos e ataques com explosões e arrombamentos de instituições financeiras, esclarecimento de sequestro, apreensões de armamento e defensivos agrícolas.

O trabalho a cargo da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, resultou na prisão de 89 criminosos altamente articulados para cometimentos de crimes. São 32 pessoas a mais, em relação a 2016, quando a unidade terminou com 57 presos.

Em 2017, delegados, investigadores e escrivães da Gerência, apoiados de outras unidades da Polícia Civil, cumpriram 121 mandados de busca dentro das operações denominadas: Criminale (roubos a residências, comércios e cooperativa de crédito), Lepus (roubo a bancos), Luxus (roubos e furtos de 10 bancos), Serendipe (extorsão por empresas de cobranças), Senhor das Armas (apreensão de armas), Panóptico (organização criminosa), Ocidente (furto Sicredi Novo Mundo) e  Omega (furto a banco).

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Diogo Santana Souza, ressaltou que o trabalho tem ênfase nas organizações criminosas. "As grandes operações deflagradas, sete ao longo do ano, foram focadas em roubos e furtos a bancos e caixas eletrônicos, que, atualmente, é o que mais nos preocupa", afirmou.

O perfil desses grupos criminosos quase não muda e muito menos os objetivos: lucro para alimentar outros crimes como o tráfico de drogas, adquirir armamento pesado para fortalecer outras ações e cooptar novos integrantes, geralmente, jovens de 25 a 30 anos, com histórico criminal, que muitas vezes deixaram recentemente o Sistema Penitenciário, local onde colocado com outros bandidos apreenderam a modalidade e passam a por em prática quando ganham a liberdade.

"São pessoas que já tem histórico, nessa modalidade de crime. Criminosos com passagens pelo GCCO, em roubos e furtos a bancos. Percebemos neste ano, que realmente não houve casos na modalidade Novo Cangaço. Estão explorando mesmo o corte de caixas eletrônicos. Entram de madrugada e fazem o corte ou a explosão do caixa eletrônico", analisa Diogo.

Entre as operações de 2017, o destaque foi a "Luxus", realizada em 4 de maio, para  prisão de  17 membros de uma organização criminosa que agiu em roubos e furtos de pelo menos 10 agências bancárias do Estado de Mato Grosso.

Os bandidos promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme de  bancos da capital e do interior. Uma vez dentro subtraiam valores do cofre. As ações foram praticadas, geralmente, aos finais de semana, deixando um rastro de destruição nas instalações físicas das agências e a população sem os serviços bancários.

Somente em dois dos assaltos os membros da quadrilha subtraíram cerca de R$ 2 milhões, que foram 'investidos' em veículos (carros e motos) importados, lanchas, viagens, festas com amigos e mulheres. Tudo era ostentado abertamente nas redes sociais. Por conta disso, o nome operação foi chamada de "Luxus", uma referência a vida de luxo dos criminosos.

OCORRÊNCIAS

Os números também reduziram em relação a 2016, ano que foram registrados 25 ocorrências relativas a furtos e roubos de bancos, principalmente, na modalidade conhecida por "Vapor" - ação rápida de bandidos que entram na agência e subtraem todo o dinheiro dos caixas.

Em 2017, dados da Segurança Pública computaram 16 casos, divididos em 6 roubos consumados, 4 tentativas de roubo, 2 furtos consumados, 2 furtos tentados, 2 roubos com restrição da liberdade, sendo um consumado e outro roubado, também conhecido por "Sapatinho" - modalidade que o gerente e familiares são mantidos reféns para forçar a abertura do cofre e roubo do dinheiro. Não houve nenhum caso na modalidade Novo Cangaço.

"Na grande maioria não tiveram êxito, nenhum lucro, só o prejuízo financeiro para o banco, do dano causado à agência", afirmou o delegado. O que observamos mais neste ano foi o furto na modalidade corte e muitas vezes tentado. Fazem um buraco na parede, geralmente, nos finais de semana, tentam o acesso ao cofre, mas por um motivo ou outro não conseguem êxito no dinheiro", completou.

 

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