Mayke Toscano/Gcom-MT
Pedro Taques esteve reunido, nesta terça-feira (05.12), em Brasília, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e, junto com suas respectivas equipes
O governador Pedro Taques esteve reunido, nesta terça-feira (05.12), em Brasília, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, e, junto com suas respectivas equipes, trataram sobre a importação do gás boliviano para Mato Grosso. O Governo do Estado busca segurança jurídica para que possa receber, mensalmente, 500 mil metros cúbicos de gás, que seriam utilizados como fonte de energia nas indústrias.
Juntos, Bolívia e Mato Grosso buscam estabelecer relações para o mercado consumidor de ureia e fechar um novo contrato de fornecimento de gás natural para o Estado. “Temos interesse em nos conectar com Mato Grosso, que é um grande produtor agrícola e necessita de energia para continuar. Vamos todos trabalhar e chegar a resultados concretos nesta negociação”, afirmou o ministro de Hidrocarburos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez.
Taques convidou a comitiva boliviana para uma nova reunião, em Cuiabá. “Tivemos hoje uma importante reunião com Evo Morales e pedimos uma reunião, em Cuiabá, para tratar das obras que ligam nosso Estado à Bolívia, assunto que estamos tratando desde a Caravana da Integração, que realizamos em 2016, assim como a compra do gás boliviano e o mercado da ureia. Avançamos nesta conversa e agora vamos em busca de resultados mais concretos”, afirmou o governador.
Por ser menos poluente, o gás natural tem baixo impacto ambiental. O gasoduto possui 645 km de extensão, sendo 283 km no lado brasileiro e 362 km no lado boliviano. O governo boliviano pretende ampliar o comércio.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone, acompanha a negociação para um novo contrato sobre o gás boliviano. “Todos os assuntos tratados nesta reunião, são assuntos que vêm sendo tratados há mais de uma década entre Mato Grosso e Bolívia. Percebemos que chegou a um ponto de amadurecimento e temos muitas chances para as concretizações. A importância de trazer isso para Cuiabá é que a questão da ureia, que interessa muito a eles, e a questão do gás, que interessa muito a nós, está totalmente madura para o fechamento”, afirma Avalone.
A reunião, prevista para o dia 20 de janeiro, contará com a presença do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que tem as mesmas demandas que o Executivo mato-grossense.
“Teremos uma chance grande, com dois ministros bolivianos, convidando o ministro Fernando Bezerra para também estar lá. Temos a condição de ter um fechamento disso. Essa parceria do MT Gás com a empresa boliviana está em fase de concretização e da nossa parte não há dificuldade alguma e precisamos apenas que a Bolívia destrave e que a gente possa fazer essa concretização”, disse o secretário Avalone.
Emmanuel Almeida de Figueiredo Júnior, presidente da MT Gás, explica a necessidade de segurança jurídica em um novo contrato para o fornecimento de gás para Mato Grosso. “Precisamos de um contrato que obriga uma entrega de uma determinada quantidade de gás mensalmente. Nós temos hoje um contrato considerado 'não firme' e isso não oferece segurança ao nosso parque industrial, porque a conversão da energia elétrica para a energia produzida pelo gás exige um custo. Então hoje há um anseio de todo o empresariado mato-grossense que esse gás chegue de maneira firme.”
Ainda hoje, o governador Pedro Taques, assim como o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, de Rondônia, Confúncio Moura, e do Acre, Tião Viana, participam de um almoço com Evo Morales e com o presidente do Brasil, Michel Temer.
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