O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, afirmou que o judiciário vai seguir interferindo na Secretaria Municipal de Saúde que o processo judicial acerca da intervenção na saúde de Cuiabá não foi concluído, destacando que pode, sim haver um futuro afastamento do prefeito, caso as obrigações não sejam cumpridas.

Conforme o desembargador, a Saúde está colapsada. A declaração ocorreu durante uma reunião na sede do Poder Judiciário mato-grossense para discutir a condição financeira e administrativa da Saúde municipal e que conta com a presença de diversas autoridades como o governador Mauro Mendes (União), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o prefeito eleito Abilio Brunini (PL), entre outros.

 “Este é um processo que não acabará. Todas as vezes que o município de Cuiabá estiver com problema na Saúde que afetem o pactuado no Termo de Ajuste de Conduta homologado pelo Tribunal de Justiça, vamos interferir e, se necessário, [efetuar] o afastamento do prefeito. A intervenção no município de Cuiabá foi pontual, foi apenas na área da saúde, porque naquele momento não havia necessidade de se interferir em todas as demais pastas, mas o processo de intervenção ainda existe”, disse.

 Perri também citou a necessidade de se melhorar o atendimento, principalmente nas áreas de urgência e emergência, onde os pacientes, por vezes, demoram horas para serem examinados. Durante audiência, o desembargadora ainda explicou que a culpa do caos não é do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB): “E eu não estou culpando aqui a ninguém, muito menos ao prefeito Emmanuel Pinheiro, porque nós sabemos também que Cuiabá acaba recebendo demandas de todo o interior e isso sobrecarrega assim a saúde do Cuiabá”, disse.

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