O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL) intermediou uma reunião entre os vereadores e o secretário municipal de Saúde, Deiver Teixeira e o secretário adjunto de Atenção Hospitalar e Complexo Regulador, Paulo Rós, quando trataram de encaminhamento de recursos à saúde da capital. A Câmara de Cuiabá se comprometeu a destinar R$ 29,4 milhões em emendas. Já o município irá complementar o quantitativo chegando a R$ 40 milhões. A destinação será para a realização de cirurgias eletivas.
Conforme o presidente do Legislativo cuiabano, a falta de recursos não será mais o problema para não realizar as cirurgias eletivas na Capital, considerando que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) conta agora com as emendas impositivas.
“A grande maioria dos vereadores colocaram suas emendas impositivas para podermos zerar a fila de cirurgias eletivas, fila esta que hoje tem em torno de oito mil pessoas”, declarou o presidente.
“Não queremos saber os nomes das pessoas operadas, não temos interesse nisso, mas queremos controlar as cirurgias que estão sendo realizadas mensalmente com os recursos das emendas aprovadas pelos vereadores, além da contrapartida do Município. Isso é essencial para nós agora. Se o senhor mencionar, por exemplo, que Fulano ou Ciclano fez uma cirurgia no Hospital Municipal, que outro fez uma cirurgia de hérnia, ou outro fez no joelho, assim nós não sabemos quem são, e, consequentemente, não temos controle sobre isso. Não é uma questão de desconfiança, mas sim de necessidade de informação”, completou Chico 2000.
Chico 2000 afirmou ainda, que nas últimas reuniões foi estabelecido um prazo de 15 dias para apresentação de toda a organização e previsão de lançamento do início das cirurgias seletivas e que não serão somente para moradores de Cuiabá, como previsto inicialmente.
“O Ministério Público apresentou argumentos da impossibilidade, em razão do SUS ser universal. Mas a grande maioria serão cuiabanos. Esses 30 milhões iniciais de emenda dos vereadores são suficientes para zerar essa fila e 25% desses valores serão colocados em OPM, são órteses e próteses, porque não adianta você falar de uma cirurgia cardíaca, se você não tem o extenso para se colocar, falar de uma cirurgia ortopédica, se você não tem a chapa, parafuso e “etc”, o que precisar. Então, 25% desse valor está sendo destinado para órteses e próteses”, declarou Chico.
Já o secretário adjunto de Atenção Hospitalar e Complexo Regulador Paulo Rós, lembrou que uma das principais dificuldades é quanto à comunicação com as pessoas que aguardam à Central de Regulação.
“Hoje em dia, ligamos três vezes em dias alternados. Então, você liga uma vez e não atende, liga novamente, e se não responde, tiramos da fila. A maioria das pessoas não responde mesmo após vinte ou trinta tentativas, então isso é um absurdo. O paciente é retirado da fila? Sim, é retirado. Também não é justo ficarmos chamando o paciente e ele não aparecer, então faremos uma mudança nesse processo. Vamos solicitar que as pessoas atualizem seus dados de contato, principalmente com a questão dos celulares pré-pagos. Podemos incluir um sistema de notificação via SMS. Uma mensagem simples para o celular do paciente, pedindo que procure a unidade de saúde. Isso vai ajudar no processo de agendamento das cirurgias”.
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