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AGRONEGÓCIO Quinta-feira, 22 de Novembro de 2018, 16:18 - A | A

Quinta-feira, 22 de Novembro de 2018, 16h:18 - A | A

MERCADO LOCAL

Índios do norte de MT começam a colheita da castanha-do-brasil, principal fonte de renda dos Rikbaktsa

Lidiane Moraes, G1 MT

 

Índios da etnia Rikbaktsa das aldeias de Juara e Cotriguaçu, a 690 km e 920 km de Cuiabá, começaram a colheita de castanha-do-Brasil, principal fonte de renda das comunidades. A expectativa neste ano é colher em torno de 80 toneladas.

 

A colheita termina em abril de 2019 e quase toda a safra já foi comercializada no mercado local, em Mato Grosso e no Paraná. Todos os frutos colhidos são estocados em armazéns distribuídos nas aldeias dos dois municípios. Em Juara, os índios formam a comunidade Japuíra. Já em Cotriguaçu fica a comunidade Escondido.

 

Ao todo, 90 índios participam da Associação Indígena Rikbaktsa Tsirik, que faz o planejamento da safra e a comercialização do produto em parceria com o Projeto Pacto das Águas. O planejamento da safra nas comunidades indígenas faz parte do ciclo anual, que inclui oficinas de boas práticas de coleta e armazenamento e análise da qualidade dos estoques.

 

Este ano, os indígenas solicitaram R$ 40 mil da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para compor um estoque de 10 toneladas. O recurso é destinado para formação de estoque e capital de giro para garantir a subsistência até que os recursos oriundos da colheita desta safra cheguem até as comunidades.

 

Com o apoio institucional do projeto Pacto das Águas, as associações de indígenas estabelecem estratégias de fortalecimento da cadeia produtiva, além de proteger a floresta. A parceria dos indígenas com diversas instituições têm garantido a qualidade de vida das comunidades.

 

“Nosso objetivo é preparar as comunidades para o contato direto e justo com os compradores, além de ajudá-los a buscar recursos junto ao Governo Federal”, destacou Emerson de Oliveira, coordenador do projeto Pacto da Águas.

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