Os mercados agrícolas iniciaram a quarta-feira com movimentos moderados, refletindo ajustes técnicos, fatores geopolíticos e a influência de variáveis macroeconômicas no fim do ano. De acordo com a TF Agroeconômica, a abertura foi marcada por leves recuperações em alguns contratos, após sessões recentes de queda acentuada, enquanto o cenário internacional segue adicionando volatilidade aos preços.
No trigo, as cotações em Chicago operaram em leve alta, sustentadas por movimentos de realização de lucros dos fundos depois de perdas acumuladas nos últimos dias. O mercado também acompanha a redução das importações de trigo pelo Egito em 2025, impulsionada pelo maior uso da produção doméstica, além de tensões no comércio internacional envolvendo Rússia e Síria. As negociações sobre um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia permanecem no radar, ao mesmo tempo em que outras commodities encerram o ano sob pressão. No mercado físico brasileiro, os preços mostraram comportamento distinto entre Paraná e Rio Grande do Sul.
A soja apresentou variação mista em Chicago, com queda no contrato mais curto e leve alta nos vencimentos seguintes, após o fechamento de um gap técnico que abre espaço para recuperação. A venda de soja das reservas chinesas perdeu ritmo em relação à semana anterior, embora novos leilões já tenham sido anunciados. Na América do Sul, o avanço do plantio no Brasil segue próximo da conclusão, enquanto a Argentina enfrenta risco de paralisação no setor oleaginoso. O mercado também reage à redução gradual das posições compradas dos fundos e à fraqueza do complexo soja no campo técnico, influenciado pela queda do petróleo.
O milho ensaiou recuperação em Chicago, apoiado pela alta do petróleo e por ajustes de hedge após recuos recentes. Apesar das incertezas sobre as regras de biocombustíveis, as exportações dos Estados Unidos seguem como fator de sustentação. No Brasil, os preços apresentaram estabilidade relativa, enquanto indicadores financeiros, como dólar e petróleo, continuam influenciando diretamente o desempenho das commodities.
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