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18 de Maio de 2025

BRASIL Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 14:42 - A | A

Sexta-feira, 16 de Maio de 2025, 14h:42 - A | A

Escândalo do INSS

Bolsonaro grava vídeos com aposentados e mira associações e sindicatos

Segundo assessores, o objetivo da campanha, coordenada pelo marqueteiro Duda Lima, é cobrar que “quem roubou, que devolva o dinheiro”

Blog da Andréia Sadi

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem gravado vídeos com aposentados sobre as fraudes no INSS mirando cobranças a associações e sindicatos.

Bolsonaro e o governo Lula (PT) tem travado uma guerra a respeito da responsabilidades sobre as fraudes.

O PT quer emplacar a linha de que os roubos começaram no governo Bolsonaro, enquanto bolsonaristas miram associações e sindicatos com ligações com a esquerda.

Segundo assessores ouvidos pelo blog, o objetivo da campanha, que é coordenada pelo marqueteiro Duda Lima, não é discutir em qual governo começaram as fraudes, mas “expor quem roubou” para que “quem roubou que devolva o dinheiro”.

 As fraudes no INSS
Uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que entidades sindicais e associações que prestam serviços a aposentados cadastravam beneficiários do INSS sem autorização — usando assinaturas falsas — para aplicar descontos mensais diretamente na folha de pagamento.

Segundo as investigações, o esquema começou no governo de Jair Bolsonaro (2019–2022) e se aprofundou no atual governo. Entre os alvos está o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como o operador central do esquema e sócio de 21 empresas.

A fraude pode ter atingido 4,1 milhões de pessoas. Entre 2023 e o primeiro semestre de 2024, os descontos indevidos superaram R$ 3,2 bilhões. Em 95% dos casos, os beneficiários afirmaram que não autorizaram os débitos.

O escândalo levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Ele foi indicado ao cargo pelo então ministro da Previdência, Carlos Lupi, e foi citado nas investigações como figura-chave da estrutura envolvida nas fraudes.

Diante da pressão crescente, Lupi pediu demissão em 2 de maio. Em nota, afirmou que seu nome não foi citado nas investigações, mas reconheceu a gravidade da crise. A saída foi negociada diretamente com o presidente Lula.

Nos bastidores, o governo avaliava que a permanência de Lupi era insustentável e que o desgaste poderia contaminar ainda mais a imagem do Planalto.

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