O presidente Jair Bolsonaro causou polêmica mais uma vez ao posar para uma foto na última sexta-feira. Ao lado de alguns dos seus ministros, ele aparece ao lado do apresentador Sikêra Jr segurando a placa “CPF cancelado”. A gíria é frequentemente utilizada em referência à morte de criminosos e também por grupos pró-violência policial.
A foto foi compartilhada por parlamentares de oposição ao governo, que fizeram uma série de críticas.
O deputado federal David Miranda (PSOL), lembrou das mortes pela Covid-19. “Este é o presidente que segura uma placa de ‘CPF cancelado’, enquanto milhares de brasileiros estão morrendo diariamente por Covid-19. Bolsonaro debocha enquanto o brasileiro agoniza sem oxigênio, sem vacina, sem remédio para intubação, sem alimento dentro de casa e sem emprego”, apontou.
Enquanto isso, a petista Jandira Feghali afirmou que a fotografia “é muito mais grave do que parece”. “Bolsonaro não apenas ironiza mortes. A placa ‘CPF Cancelado’ é usada por grupos pró-violência e extermínio policial. Ou seja: Bolsonaro defende publicamente essas práticas”, disse.
O parlamentar Alessandro Molon (PSB) foi outro que se manifestou e classificou a atitude do presidente como “o retrato do desprezo à vida em meio aos quase 400 mil mortos por covid-19 no Brasil”.
A entrevista com Bolsonaro foi gravada em Manaus (AM), onde o presidente aproveitou para protagonizar brincadeiras com uma pessoa vestida com cabeça de burro e fazer piadas homofóbicas. Além disso, ele criticou medidas de combate ao coronavírus adotadas por estados e municípios e afirmou que o Exército pode ir às ruas para acabar com o isolamento social.
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