O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (13) que as “guerras comerciais não têm vencedores” e defendeu a relação do Brasil com a China. As declarações foram feitas após assinaturas de quase 30 acordos entre os dois países em Pequim, onde Lula cumpre agenda oficial desde sábado (10).
“A relação entre o Brasil e a China nunca foi tão necessária”, declarou Lula ao defender o “encontro histórico” entre os países.
Lula também comentou o cenário internacional: “Há anos a ordem internacional demanda reformas profundas. Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentado”, disse.
Segundo o presidente, China e Brasil estão “determinados a unir suas ordens contra o protecionismo e o unilateralismo”. “A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária”, declarou.
Segundo ele, as guerras comerciais servem apenas para elevar os preços, afetar as economias e corroer a renda dos mais vulneráveis em todos os países. “O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio justo e baseado nas regras da organização mundial do comércio”, disse.
Guerras
Lula também comentou sobre os conflitos armados e os chamou de insensatez. “Superar a insensatez dos conflitos armados é pré-condição para o desenvolvimento. Os entendimentos comuns entre o Brasil e a China para uma resolução política à crise na Ucrânia oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”, avaliou.
O chefe do Palácio do Planalto acrescentou que “a humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza”. “Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável vivendo lado a lado com o Estado de Israel”, disse.
Lula também afirmou que a ONU precisa ser “reformada” para cumprir os ideais de direitos humanos e progressos sociais consagrados em 1945, quando ela foi criada. Lula reivindica, por exemplo, uma cadeira fixa para o Brasil, e chegou a comentar sobre a importância da medida durante coletiva de imprensa na Rússia, em Moscou, antes de embarcar para a China.
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