A Polícia Civil de São Paulo investiga uma quadrilha formada por despachantes e funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, suspeita de furtar cargas avaliadas em R$ 19,9 milhões entre abril e setembro deste ano.
Os alvos variaram de medicamentos de alto custo, como o Nintedanibe — usado no tratamento de câncer de pulmão —, a itens curiosos, como bolinhas de brinquedo para pets. Em todos os casos, os criminosos se aproveitaram do acesso interno aos terminais de carga para retirar os produtos.
Um dos episódios mais graves ocorreu em julho, quando remédios avaliados em mais de R$ 16 milhões foram levados após um caminhoneiro apresentar recibo falso e retirar os volumes do terminal. Já em setembro, a quadrilha também furtou mochilas e calçados de grife, além de joias e eletrônicos.
As investigações apontam que parte dos crimes só foi possível com a participação direta de funcionários. Em um dos casos, câmeras de monitoramento registraram um terceirizado da concessionária GruAirport conduzindo uma empilhadeira até a doca, onde a carga foi embarcada em um veículo de fuga.
Na última quinta-feira (25/9), a Polícia Civil deflagrou a Operação Check-In, que resultou na prisão de três suspeitos e no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Vídeos de segurança também registraram a ação da quadrilha durante um furto de R$ 1 milhão em telas de celular, em junho.
Os boletins de ocorrência ainda mostram a disparidade dos valores levados: de R$ 356 mil em cargas diversas em abril a apenas R$ 13 mil em brinquedos para pets, no início de setembro. Apesar da diferença, o modo de operação indica sempre algum tipo de conivência interna.
De acordo com a polícia, os produtos visados pela quadrilha eram de fácil revenda no mercado paralelo, incluindo eletrônicos, bolsas de grife e itens de luxo. Quase todos os furtos ocorreram dentro ou nas proximidades do terminal de cargas.
A GruAirport não se manifestou oficialmente sobre as investigações. A Polícia Civil segue apurando a participação de funcionários terceirizados e a extensão do esquema.
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