Relatório da Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) de Cuiabá aponta que 21% das denúncias recebidas em 2015 estão relacionadas ao atendimento dos profissionais da saúde (318 casos), 16% a falta de medicamentos e material hospitalar (235 casos) e 11% relacionados a exames (164 casos).
O relatório apresentado ao Conselho Municipal de Saúde em junho é o resultado das manifestações registradas de usuários pela ouvidoria via email, telefone, sistema de ouvidoria da prefeitura, via ouvidoria do Ministério da Saúde e pessoalmente. Foram 1.504 processos entre janeiro e dezembro, sendo que 1.245 (83%) foram finalizados.
A ouvidoria é um canal de comunicação entre o cidadão e os gestores do SUS, espaço democrático para a manifestação dos usuários e para disseminação de informação. Atua na mediação entre sociedade e gestores e prestadores de serviços do SUS.
São 142 casos (45%) relativos a mau atendimento, grosseria, falta de ética, cordialidade, orientação ou informações adequadas ao usuário. Denúncias de erro, negligência ou descaso no atendimento prestado, principalmente médico, representou 18% das reclamações, com um total de 59 casos.
Em relação aos medicamentos, a falta de material hospitalar, fralda, leite, receituário e cadastramento lideram as reclamações na atenção básica e secundária.
Os medicamentos que mais faltaram são: Kolagenase, Óleo Ddersani, Amitripilina, Prolopa, Enoxoparina, Metropolol (Selozok), Sulfadiazina de Prata, Fluoxetina, Lozartana.
Entre os insumos que mais faltaram estão: esparadrapo, gazes,sonda, luvas, dispositivo urinário, xilocaína, fitas e aparelho para medir glicemia.
Em relação a exames, a reclamação de demora nos agendamentos, realizações e entrega de resultados representou 98% das reclamações (161 casos). Foram 116 reclamações da demora em autorização e realização de cirurgias (91%) e 11 casos de demora na realização do procedimento, mesmo após autorização (9%).
Relatório foi apresentado pela ouvidora Priscila Munique Dias Miranda, que em agosto encerra sua atuação, eleita por duas vezes.
Eleição
O Conselho elege no próximo dia 2 de agosto o novo Ouvidor do órgão. Para mandato de dois anos, prorrogável por mais dois via eleição.
O novo ouvidor terá salário de R$ 3 mil para atuar em carga horária de 40 horas semanais. O candidato precisa comprovar experiência de no mínimo dois anos como profissional de saúde pública, na função de conselheiro ou militante de movimentos sociais específicos do setor de saúde no município.
A escolaridade mínima exigida é de ensino médio completo. Além de currículo deve apresentar justificativa de interesse para ocupar o cargo e sua proposta de trabalho.
Apesar da importância do cargo, na última eleição não surgiram nomes para disputar a vaga com a Ouvidora que se reelegeu para novo período, informou o vice presidente do Conselho, Júlio Cesar de Souza Garcia.
Lembra que o ouvidor é a ponte entre a sociedade e os órgãos gestores da saúde no município, na elaboração de políticas que atendam da melhor forma quem utiliza do SUS.
Através das denúncias que a Ouvidoria recebe, se faz uma radiografia da saúde no município, onde estão as maiores deficiências, o que precisa ser melhorado e os setores que funcionam adequadamente.
O Conselho, presidido pelo secretário de saúde do município, é formado por 20 representantes de associações que contemplam a sociedade organizada, da forma ampla. O objetivo é representar idosos, adolescentes, categorias profissionais diversas, enfim, todos os segmentos da sociedade.
Serviço
Interessados em disputar a eleição podem encaminhar currículo para o Conselho, que funciona no prédio da Secretaria Municipal de Saúde, na rua São Joaquim, 313, no bairro do Porto, na Capital.
Mais informações pelo email: [email protected]
ou telefone: 65-3617-7385
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