A Academia Mato-grossense de Letras vai se transformar em um palco de celebração da ancestralidade, arte e literatura negras na edição de novembro do projeto Casa Aberta, que ocorre nesta quinta-feira (13.11), das 18h às 21h30. Com entrada gratuita, a iniciativa, realizada mensalmente, é viabilizada com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
Nesta edição o tema é "A Voz da Pele", inspirada no Dia da Consciência Negra, que é celebrado em 20 de novembro. A variada programação inclui a exposição "Grandes Heroínas Negras", bate-papo com a escritora e poeta Luciene Carvalho, pocket show "Sankofa" de André D'Lucca, Rota da Ancestralidade na Casa Barão, entre outras atividades.
O bate-papo com Luciene Carvalho será realizado às 18h15. A escritora e poeta negra, que está em seu segundo mandato como presidente da AML, é autora de 15 livros. Ela se projetou também como a primeira mulher negra a presidir uma Academia de Letras no Brasil.
A literatura de Luciene Carvalho já conquistou visibilidade nacional e internacional, sendo também referência para o ensino universitário em Mato Grosso. Em sua produção prevalece um engajamento espontâneo com forte pegada social em defesa das literaturas e culturas da população negra. Ao longo desta edição do Casa Aberta, Luciene vai distribuir edições digitais do seu livro "Na Pele".
Em seguida, o ator, dramaturgo, diretor e cenógrafo André D'Lucca apresenta o pocket show "Sankofa". Baseado em um dos seus espetáculos mais recentes, a peça promove um resgate ancestral e letramento racial.
A atividade seguinte é a "Rota da Ancestralidade na Casa Barão", conduzida por Cristóvão Luiz, militante da cultura negra em Mato Grosso. Na AML, Cristóvão vai atuar como um 'Griô', expressão da África Ocidental, que identifica um mestre e guardião da memória e da tradição oral.
Haverá ainda a exibição do curta-metragem "Como ser racista em 10 passos", concebido e dirigido por Isabela Ferreira. O filme mostra a realidade cotidiana de pessoas negras comumente afetadas pelo racismo estrutural, por atitudes que vão além do verbalmente dito.
Do início a final do evento, no pátio externo, o público terá oportunidade de exercitar a escrita, redigindo mensagens e pequenos poemas na instalação artística 'Sopa de Letrinhas'.
Já no salão social, acontece a exposição "Grandes Heroínas Negras", que destaca a história de importantes mulheres negras, como a líder quilombola Tereza de Benguela, e as escritoras Carolina Maria de Jesus e Luciene Carvalho, entre outras. A mostra é uma iniciativa do Coletivo Negro Universitário (CNU) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Ao final do evento, além de música com DJ, o microfone é aberto para participação do público. O evento é realizado na Academia Mato-grossense de Letras, localizada na Casa Barão, na rua Barão de Melgaço, bairro Centro Norte, em Cuiabá.
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