Um estudo feito pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio/SP) mostra Cuiabá em 2º lugar no ranking nacional de famílias endividadas. Com 66%, representando 118,8 mil pessoas, a Capital perde apenas para Brasília, que tem 78% de famílias inadimplentes, pouco mais de 708 mil pessoas.
O levantamento também indica que a média de valor comprometido da renda nas famílias em Cuiabá é de R$1.528, ficando atrás somente de Goiânia (GO) com R$ 1.687.
A situação fica mais grave quando é avaliada a capital "líder" em contas atrasadas. Cuiabá assume a dianteira com 35% das famílias acumulando boletos vencidos.
Segundo a Fecomércio de Mato Grosso, nem tudo está tão ruim porque a parcela da renda mensal comprometida com dívidas na capital mato-grossense chega a 31%, bem próximo aos 30% recomendados por especialistas como limite para evitar inadimplência.
O superintendente da Fecomércio/MT e presidente do Conselho Regional de Economia, Evaldo Silva, explica que o número de funcionários públicos é maior em Cuiabá, proporcionalmente, ao de São Paulo e este segmento tem por hábito fazer compras em excesso e usar linhas e créditos bancários.
"Onde há mais oferta de empréstimo, há mais chance do endividamento", destaca, lembrando que o uso do cartão de crédito sem controle pode prejudicar bastante o orçamento doméstico, por ter juros muito alto e que triplicam se a fatura não for paga em dia.
Para o consultor financeiro, Saulo Gouveia, o endividamento das famílias está associado à falta da análise e planejamento do orçamento. "As famílias não têm o costume de calcular o quanto gastam. Não levam em consideração o risco da perda de emprego e nem da renda e compram por impulso".
Saulo explica que uma família, com renda mensal de R$ 3 mil, deve gastar R$ 2,5 mil com as contas essenciais e utilizar o restante para pagamento de dívidas, evitando gastos extras sem necessidade.
Para que o consumidor consiga regularizar a situação financeira, a orientação é fazer primeiro uma análise do endividamento e depois tentar negociar com os credores, tudo dentro do orçamento familiar. É preciso ficar em alerta para não repetir o mesmo ciclo de dívidas".
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