Na terça-feira (22), um mal-estar tomou conta da bancada do PL depois que deputados do partido ergueram uma bandeira em apoio a Donald Trump no Congresso.
O PL busca uma saída política para a crise do tarifaço do republicano contra o Brasil pois quer evitar desgastes para o candidato da direita em 2026.
Os parlamentares que participaram do ato foram criticados, a portas fechadas, por setores mais pragmáticos do partido pois, na visão deles, "tirou foco do motivo do protesto, que era criticar a decisão de Hugo Motta [presidente da Câmara dos Deputados, Republicanos-PB] de suspender as [reuniões de] comissões".
Motta tomou a decisão após duas comissões presididas por parlamentares do PL convocarem reuniões deliberativas com moções de apoio político a Bolsonaro na pauta.
Os deputados Sargento Fahur (PSD-PR) e Delegado Caveira (PL-PA) ouviram que, se quisessem carregar a bandeira de forma individual, que assim o fizesse. Em grupo, porém, aquele ato só prejudicava o partido num momento já crítico.
Eduardo Bolsonaro é visto como "incontrolável" e irrita lideranças
Outro correligionário que tem irritado lideranças do PL é o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Lideranças admitem, de forma reservada, que a direita vive um mau momento por causa da movimentação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos.
Nas palavras de uma das principais lideranças do partido, Eduardo é ''incontrolável'', não ouve ninguém e não apresenta saídas para a crise instalada na direita desde o tarifaço anunciado por Trump.
Quando confrontado por colegas, repete apenas a retórica de que não pediu tarifaço e que estava mirando a aplicação, contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, da Lei Magnistky.
A Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções a cidadãos estrangeiros. O objetivo é punir pessoas acusadas de violações graves de direitos humanos ou de corrupção em larga escala.
Preocupadas, lideranças do PL têm pedido, desde o início da crise do tarifaço, duas coisas ao deputado:
* que ele parasse de atacar o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (PL), o que foi feito após conselhos do ex-presidente;
* e que ele deixasse claro que nunca pediu o tarifaço. O que, na visão de parlamentares, ele ainda não fez de forma clara.
Eduardo, entretanto, dá indícios de que não pretende recuar nem mudar a estratégia. Pelo contrário, quer escalar, à sua maneira, a guerra contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
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