O defensor público que atua na Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), Carlos Eduardo de Souza, é um dos autores do recém-lançado livro A Faixa Verde no Júri – Volume 6, obra coletiva que reúne relatos verídicos e marcantes de defensores públicos de todo o Brasil que atuam no Tribunal do Júri.

Publicado pela Editora D'Plácido, o livro dá continuidade à série que se consolidou como uma homenagem à dedicação e ao compromisso desses profissionais com a justiça e os direitos fundamentais dos acusados.

Em seu capítulo intitulado “O Júri e a Tela: o caso dos réus distantes”, Carlos Eduardo aborda de forma sensível e crítica os desafios enfrentados quando os réus participam de sessões do júri à distância, por meio de videoconferência — prática que se intensificou com a pandemia e que, segundo o autor, pode comprometer a percepção dos jurados, o exercício pleno da defesa e a própria humanização do processo.

Com base em um caso real, o defensor analisa as implicações dessa nova dinâmica no rito do júri, destacando como a ausência física dos réus pode impactar negativamente a formação do juízo dos jurados. Ele reforça que o contato direto entre julgadores e acusados é parte essencial do julgamento popular, pois o Tribunal do Júri é, acima de tudo, um espaço onde se decide sobre a vida e a liberdade com base em elementos humanos e subjetivos.

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