O número de famílias que declarou possuir algum tipo de dívida — seja com cartão, empréstimo, cheque, boleto ou prestação — aumentou 0,2 ponto percentual (p.p.) em abril, em relação ao mês anterior, atingindo agora 83,8% das famílias em Cuiabá. Quanto ao nível de endividamento, entre aquelas que se declararam muito endividadas, observou-se um recuo de 10,5% em março para 8,1% em abril.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). A pesquisa mostra que 14,7% das famílias com renda média superior a 10 salários mínimos (s.m.) não possuem dívidas desse tipo, contra 16,4% entre as que ganham menos de 10 salários. A média total ficou em 16,2% em abril, levemente inferior à registrada no mês anterior, de 16,4%.
Já em relação à inadimplência — ou seja, quando a dívida está vencida —, observou-se uma leve melhora no índice, que passou de 18,4% em março para 18,2% em abril. No entanto, o percentual de famílias que declararam não ter condições de quitá-las aumentou 0,1 p.p. no mesmo período, alcançando 4,3% dos inadimplentes. Em números absolutos, isso representa cerca de 8,9 mil famílias nessa situação, de um total de 37,9 mil apenas em Cuiabá.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou a diminuição no número de famílias com contas em atraso:
“A queda no percentual de famílias inadimplentes na capital é ainda maior no comparativo anual. A melhora da situação financeira reflete no pagamento das contas em atraso entre os cuiabanos. Para as famílias que disseram que não vão conseguir pagar as contas atrasadas, a situação atual também está melhor no comparativo anual.”
O cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida das famílias, presente em 82% dos casos, seguido pelos boletos (24,6%). Os financiamentos de carro representam 5,3%, enquanto os de casa somam 3,7%. Na sequência, vêm o crédito consignado (2,3%), o crédito pessoal (2,8%) e o cheque especial (0,6%).
Ainda segundo a pesquisa, 25,1% dos entrevistados afirmaram estar comprometidos com dívidas por um período entre 3 e 6 meses, e 68% dos endividados têm entre 11% e 50% da renda comprometida. Quanto à quitação das dívidas em atraso, 50,3% acreditam que conseguirão pagar parcialmente no próximo mês, enquanto 26,3% dizem que quitarão totalmente.
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