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ECONOMIA Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 08:42 - A | A

Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 08h:42 - A | A

mercado de trabalho

Desemprego atinge 5,8% no 2º trimestre, menor nível da série histórica

Com relação à renda, o ganho médio mensal real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.477, um patamar também recorde

Terra

A taxa de desocupação no Brasil foi de 5,8%, no trimestre de abril a junho, segundo divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, 31. De acordo com o instituto, esta é a menor taxa de desocupação já registrada na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. Em números absolutos, cerca de 6,3 milhões de pessoas estão desocupadas no País.

Em comparação com o trimestre anterior, de janeiro a março, houve uma queda de 1,2 ponto percentual, quando a taxa estava em 7%; e com o mesmo trimestre de 2024, a queda foi de 1,1 ponto percentual.

A taxa de participação na força de trabalho, em 62,4%, o nível de ocupação, em 58,8%, e o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39 milhões, também foram recordes.

Com relação à renda, o ganho médio mensal real habitual de todos os trabalhos chegou a R$ 3.477, um patamar também recorde. Houve crescimento de 1,1% ante o período de janeiro a março desse ano, e de 3,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

Já a massa de rendimento real habitual (a soma das remunerações de todos os trabalhadores) atingiu R$ 351,2 bilhões, também recorde, subindo 2,9% no trimestre, um acréscimo de R$ 9,9 bilhões, e aumentando 5,9% (mais R$ 19,7 bilhões) no ano. 

“O resultado recorde da massa de rendimento é consequência da significava expansão da ocupação no trimestre, acompanhada de crescimento do rendimento médio real dos trabalhadores”, observa Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios..

O IBGE também destaca a quantidade de desalentados -- aqueles que desistiram de procurar emprego --- que caiu 13,7% frente ao trimestre encerrado em maio, e 14,0% ante o mesmo período de 2024. Em números absolutos, 2,8 milhões de brasileiros são considerados desalentados. 

“O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, explica Adriana. 

A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho deste ano era de aproximadamente 102,3 milhões, avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o trimestre encerrado em junho de 2024, quando havia no Brasil 99,9 milhões de pessoas ocupadas, ocorreu alta de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas).

Taxa de informalidade foi a segunda menor já registrada
A taxa de informalidade (proporção de trabalhadores informais na população ocupada) foi de 37,8%, o que corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores informais. Esse índice foi inferior ao verificado tanto no trimestre móvel anterior, como no mesmo trimestre de 2024.

A taxa de informalidade registrada de abril a junho de 2025 só é maior do que a observada em igual trimestre de 2020 (36,6%). A queda na informalidade aconteceu apesar da elevação de 2,6% do contingente de trabalhadores sem carteira assinada (13,5 milhões), acompanhada da alta de 3,8% do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (mais 256 mil) na comparação trimestral, e mostrou estabilidade no confronto anual. O resultado deriva do recorte no contigente de ocupados com carteira assinada. 

Em quais setores cresceu a ocupação
Dos dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua, apenas Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou crescimento na ocupação frente ao trimestre móvel anterior, terminado em março. Os demais não apresentaram variação significativa.

Segundo Adriana Beringuy, “o crescimento significativo do grupamento Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi concentrado no segmento de Educação”. O número de empregados no setor público (12,8 milhões), expandindo-se tanto no trimestre (5,0%) quanto no ano (3,4%), estabeleceu recorde da série histórica da pesquisa.

Em comparação com o trimestre de abril a junho de 2024, cinco grupamentos aumentaram seu contingente de trabalhadores: Indústria geral (4,9%, ou mais 615 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,0%, ou mais 561 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (5,9%, ou mais 331 mil pessoas), Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,8%, ou mais 483 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,7%, ou mais 680 mil pessoas). Não houve variação significativa nos demais grupamentos.

 

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